Ataques direcionados tiram o sono dos gestores de rede

21/06/2016

Ficar à frente do cibercriminoso e detectar os ataques direcionados e outras atividades maliciosas por meio do monitoramento cuidadoso da atividade de rede, inclusive na Web e por e-mail. Esse é o desafio que se impõe ao mercado de fornecimento de soluções de Segurança da Informação."É ficar atento ao que o firewall, o endpoint não podem segurar porque não enxergam o ataque. Chamamos do 1% que não está coberto", diz o diretor geral da Kaspersky Lab do Brasil, Cláudio Martinelli.

Segundo ele, o invisível é o que tem de ser combatido. São os ataques que usam recursos da própria empresa e que tiram o sono dos administradores de rede, que acabam tendo de agir de forma reativa ao ataque. "O ataque inteligente é invisível e quer roubar mesmo. Os ataques DDoS tiram um site do ar, causam danos na imagem, mas não são para roubar dinheiro ou dados", explica ainda Martinelli.

A Kaspersky está lançando nesta segunda-feira, 20/06, uma expansão de seu portfólio de produtos de segurança corporativa com a nova Kaspersky Anti Targeted Attack Platform; uma solução extremamente sofisticada desenvolvida para detectar ataques direcionados. "Nós estamos integrando soluções como os sensores de rede, web e de email para entender os ataques antes que eles aconteçam. A ideia é encontrar o risco antes de ele criar problema", explica o executivo. 

Segundo dados da Kaspersky, as organizações no Brasil têm enfrentado inúmeros ataques direcionados, incluindo aqueles descobertos pela Kaspersky Lab -  Poseidon, Machete, Careto, Carbanak, Adwind, Turla, Regin, e Winnti. De acordo com a pesquisa de Risco de Segurança 2015, realizada pela Kaspersky Lab e B2B International, 32% das organizações em todo o mundo disseram que sofreram um ataque direcionado no último ano; um aumento de 7 % a partir de 2015.

Na semana passada, o evangelista global da Kaspersky, David Balker, esteve no Brasil para falar da expansão do portfólio. Aqui, diz Martinelli, já há pilotos com a solução, mas os nomes das empresas não podem ser revelados. "Mas queremos que os serviços inteligentes respondam por 10% da nossa receita em pouco tempo. É um percentual considerável para produtos que têm pouco mais de um ano no mercado", pontua o diretor da Kaspersky no Brasil.

Em entrevista ao Convergência Digital, Blake sustenta que o Brasil segue sendo um mercado prioritário para a empresa e a crise econômica e política não afastam os investimentos. Ele afirma que a Internet das Coisas vai mudar a estratégia de segurança da Informação. "Os dispositivos conectados são mais um vetor de entrada nas redes corporativas", adverte o evangelista. A guerra cibernética também está à mesa. "O Brasil é um alvo como o são Estados Unidos e a Europa. Espionagem é uma dura realidade para o dia a dia", acrescenta Blake.

O modelo de negócios de venda de produtos - migrando de licença para a nuvem - é uma transformação para os fornecedores, admite Martinelli. Mas a Kaspersky já se estruturou. "Pagar por mês o serviço não significa ir para a nuvem. Hoje nuvem está na moda. O que o cliente quer é pagar pelo que usa. Os clientes já têm isso no nosso modelo", completa o executivo.

 

Site: Convergência Digital
Data: 20/06/2016
Hora: ------
Seção: Segurança
Autor: Ana Paula Lobo
Foto: ——
Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=site&infoid=42691&sid=18