Cinco conselhos do Gartner para não falhar no mundo digital

15/07/2016

 

O Gartner estima que 60% dos negócios digitais sofrerão grandes falhas em seus serviços até 2020. Segundo a consultoria, isso acontecerá, em grande parte, devido à incapacidade das equipes de segurança de TI em gerenciar riscos digitais.

Analistas observam que, à medida que as organizações avançam em seus processos de digitalização, é fundamental que se estabeleça uma abordagem mais precisa de gestão e proteção da infraestrutura que sustenta essa camada de negócios.

“As empresas irão aprender a viver com níveis aceitáveis de risco digital à medida que as unidades comerciais comecem a inovar, para descobrirem que tipo de proteção precisam e quais serão as condições de pagamento. A ética e as análises, além do foco centrado nas pessoas, serão tão importantes quanto os controles técnicos”, avalia Paul Proctor, vice-presidente do Gartner.

O especialista indica cinco pontos principais que devem ser observados para evitar que sua companhia seja uma das que falharão no mundo digital.

1. Liderança e Gestão — Melhorar a liderança e a gestão é provavelmente mais importante do que desenvolver ferramentas e habilidades tecnológicas no que se refere à segurança cibernética e ao risco tecnológico nos negócios digitais. A tomada de decisões, a priorização, a preparação financeira, a gestão, as notificações, a transparência e a responsabilidade são os principais atributos de um programa de sucesso que equilibra a necessidade de proteger com a necessidade de dirigir a empresa.

2. Ambiente de evolução das ameaças — Os líderes de segurança e de risco em TI devem parar de tentar evitar ameaças e reconhecer que a proteção perfeita não é possível. O Gartner prevê que até 2020, 60% dos orçamentos relacionados à segurança de informação será para alcançar a rápida detecção de ameaças e obter respostas mais rápidas contra elas, em comparação aos 30% que estão sendo registrados em 2016. As empresas precisam detectar e atuar diante de ameaças e malwares, uma vez que até mesmo os melhores controles de prevenção não irão evitar todos os incidentes.

3. Segurança cibernética na velocidade dos negócios digitais —Os negócios digitais mudam muito mais rápido do que os tradicionais. Diante disso, a segurança tradicional, anteriormente feita para ter um controle total e maior, já não funcionará na nova era de inovação digital. Os líderes de TI e de segurança devem avaliar e transformar sua atuação em facilitadores de negócios digitais, ao invés de acabarem sendo obstáculos para a inovação. As empresas que podem estabelecer com sucesso um ecossistema que equilibre a proteção e o crescimento dos negócios continuarão sendo competitivas e estarão em posição para lidar com as ameaças à segurança cibernética.

4. Segurança cibernética — Costumava ser fácil proteger os dados porque as informações estavam armazenadas em centros de dados. A nova era nos levou para além do centro de dados, em novos ambientes com estruturas Cloud, mobile, SaaS e IoT.

Até 2018, 25% do tráfego de dados corporativos fluirá diretamente dos dispositivos móveis para a nuvem, evitando controles de segurança por parte da empresa. As organizações precisarão endereçar a segurança cibernética e os riscos em tecnologias, assim como recursos que não estejam mais sob seu controle ou que já não pertençam mais à sua infraestrutura interna. Os executivos de TI devem estruturas suas equipes para entregar níveis de proteção adequados ao novo cenário empresarial.

5. Pessoas e Processo: mudança cultural — Com a aceleração dos negócios digitais e com Power Tecnhology, é muito importante saber lidar com o novo cenário, no qual teremos a mudança de comportamento e de participação por parte dos funcionários, assim como alteração da relação deles com os clientes. A segurança cibernética deve acomodar e gerenciar as necessidades das pessoas por meio da mudança de processos e da cultura organizacional.

A segurança centrada nas pessoas dá a cada indivíduo cada vez mais autonomia no modo como utiliza informações e aparelhos — e no nível de segurança adotado quando utiliza dispositivos e sistemas. Os funcionários possuem, então, certos direitos no que se refere ao uso da tecnologia, conforme políticas para cada equipe. Cada profissional deve ser orientado sobre suas responsabilidades e sobre os riscos no uso da tecnologia, principalmente quando uma eventual questão der errado, gerando impactos para a equipe, a empresa e os negócios.

 

Site: CIO
Data: 15/07/2016
Hora: 7h38
Seção: Gestão
Autor: ------
Foto: ——
Link: http://cio.com.br/gestao/2016/07/15/cinco-conselhos-do-gartner-para-nao-falhar-no-mundo-digital/