O TI Rio recebeu na manhã desta segunda-feira, 25 de julho, a deputada federal e pré-candidata à prefeitura do Rio de Janeiro pelo PCdoB, Jandira Feghali, para um debate com empresários e lideranças do setor de Tecnologia da Informação locais.
“Eu sinceramente estou participando desse processo pré-eleitoral não pela disputa pragmática do governo, mas para uma disputa de perspectiva, uma disputa de futuro”, declarou.
Na ocasião, Jandira não poupou críticas a gestão do atual governo municipal e falou sobre o aprofundamento da desigualdade social na cidade e a degeneração institucional que a prefeitura do Rio vive.
“Depois de mais de 500 bilhões de investimentos do governo federal aqui , isso não é desprezível, o que se vê no Rio de Janeiro é um aprofundamento da desigualdade social, absolutamente nítido e visível, com aumento da invisibilidade de medidas sociais importantes na cidade e uma falta total de diálogo e democracia”, relatou.
Com 30 anos na luta política e seis mandatos federais, Jandira destacou algumas prioridades do seu governo caso venha ser eleita, desta vez como prefeita do Rio.
"Vamos colocar já no primeiro ano de governo a tarifa zero social, ou seja, vai beneficiar estudantes dos três níveis de ensino da escola pública, não somente nos dias de semanas mas também aos fins de semana, os estudantes Fies, Prouni, cotistas, todos cadastrados no Bolsa Família, os desempregados e os trabalhadores informais. Isso beneficia cerca de 700 mil pessoas e custará R$ 900 milhões ao ano, o que é absolutamente viável. E, como mulher, faremos políticas públicas voltado para as mulheres, em todo o governo", completou.
Jandira reconheceu que algumas reivindicações do setor são antigas e precisam ser levadas em consideração para que a TI carioca volte a ser tão competitiva ou mais que outros municípios. Durante o encontro, a pré-candidata assumiu alguns compromissos com a área, que considera relevante não só para a economia, mas também para a modernização da gestão pública.
“Eu tenho clareza de que poderemos caminhar juntos, meu desejo é de criar um gabinete digital junto ao executivo municipal e fórum de consulta e interatividade; articular institucionalmente de forma que nos permita gerar perspectivas de valorização da inovação, aqui talvez caiba uma lei ou uma iniciativa específica do executivo; estimular o uso do poder de compra do Estado pensando na produção local; e criar um fundo de investimento municipal já que a Faperj está falida”.
Segundo Feghali, 2017 não será nada fácil, mas os desafios precisarão ser enfrentados com a força de uma mulher.
O tradicional café da manhã com pré-candidatos faz parte da agenda do Sindicato das Empresas de Informática em anos eleitorais e tem por objetivo trazer o setor de TI para o centro das discussões políticas.