O mercado de software tem um papel protagonista na geração de receita de TICs no Brasil. O segmento, conforme estudo da IDC, contratado pela ABES, apontou que os investimentos em Tecnologia da Informação no Brasil (incluindo hardware, software e serviços) em 2015, mesmo com a crise econômica e política do país, tiveram um aumento de 9,2%, em relação a 2014, enquanto a média global de crescimento dos investimentos em TI foi de 5,6%.
No mundo, os investimentos neste setor somaram US$ 2,2 trilhões em 2015. No Brasil, os investimentos ficaram em US$ 60 bilhões. Os dados foram divulgados em evento realizado pela ABES, em São Paulo. O relatório, ao fragmentar os investimentos por setor, mostra que o Mercado de Serviços de TI no Brasil cresceu 8,2%, em relação ao ano de 2014, com investimento de U$ 14,3 bilhões, e o de Software, que foi o responsável pelo aumento da média da taxa de crescimento de TI no ano passado, cresceu 30,2%, com investimentos de U$ 12,3 bilhões.
Além disso, o Mercado de Hardware brasileiro bateu a marca de U$ 33,4 bilhões, representando um crescimento de 6,3%, o menor entre os três setores. A pesquisa destaca que a região Sudeste representa 60,44% da distribuição regional do Mercado Brasileiro de TI. As regiões Nordeste (10,72%) e Centro-Oeste (10,64%) seguem em segundo e terceiro lugar, respectivamente.
No estudo foram identificadas, em 2015, aproximadamente, 13.950 empresas atuando no Mercado Brasileiro de Software e Serviços, sendo que quase metade delas (41,1%) são dedicadas à distribuição e comercialização desses recursos. As outras representam empresas de desenvolvimento e produção (31,6%) e prestação de serviços (27,3%).
As empresas dedicadas ao desenvolvimento e produção, no Brasil, totalizam 4.408 negócios e podem ser dividas por porte, sendo: Micro Empresas (45,62%), Pequenas Empresas (49,02%), Média Empresas (4,33%) e Grandes Empresas (1,03%). Em relação à origem do software, a Produção Local foi responsável por US$ 2,73 bilhões (21,7%), um crescimento de 25,1% em relação ao ano anterior.
O Software Desenvolvido no Exterior representou 76,3%; e a Produção Local para Exportação, 2%, um crescimento de 30,1%, em relação a 2014. Já os Serviços ficaram divididos em “Serviços para o Mercado Local” (85,4%); “Produção Local sob Encomenda” (9,4%); “Desenvolvimento no Exterior” (0,65); e “Serviços para Exportação” (4,5%).
Segmentação do Mercado Brasileiro de Software
O setor de software brasileiro tem como principal segmentação os Aplicativos, com US$ 5,33 bilhões (42,3%) de participação. Os aplicativos citados no estudo incluem os pacotes de aplicativos para consumidores, aplicativos comerciais, aplicativos industriais e programas específicos para automação de processos industriais ou de negócios.
O segmento “Ambientes de Desenvolvimento” representou 33,4% do mercado de software brasileiro; Infraestrutura e Segurança, 22,3%; um crescimento de 35,8%, em relação a 2014. Considerando os valores relativos ao software de Produção Local, Desenvolvido no Exterior e Sob Encomenda, 25,5% do mercado doméstico de software são voltados para a vertical de Serviços e Telecom, um crescimento de 32,4% em relação ao ano passado; seguidos de 24,8% direcionados a Finanças; Indústria (21,7%); Comércio (11,1%); Governo (4,4%); Óleo e Gás (4,1%); Agroindústria (2%) e outros setores (6,3%).
O momento do setor de TIC no Brasil é pilar para o WCIT 2016, que acontece de 03 a 05 de outubro, pela primeira vez no Brasil. O evento reúne especialistas do mundo todo e terá a transformação digital como um dos temas centrais de debate. Mais informações, clique aqui.