Algumas ideias se transformam em negócios fenomenais. Já outras, simplesmente fracassam. A princípio, a verdade parece simples. Mas, se nos aprofundarmos um pouco mais no tempo, veremos que a questão é um pouco mais complexa do que parece.
Veja bem: a ideia não deu certo por que era ruim ou por que foi mal executada? Era uma boa ideia na hora errada ou a ideia errada no momento certo? A proposta é maravilhosa, mas é isso mesmo que a empresa está procurando no momento? E se não é o que está nos planos da companhia, será que não poderia ser uma oportunidade para mudar a rota?
Como explica Luiz Serafim, head de marketing da 3M Brasil, no livro O poder da inovação, “por maior que seja a empresa, os recursos são sempre limitados. Assim, mecanismos de priorização são muito úteis para selecionar os projetos de inovação. Afinal, esse é um momento importante e delicado”.
Todos os dias, as empresas filtram ideias, projetos, produtos. Muitas vezes deixam de lado propostas fantásticas por falta de visão. Em outros casos, apostam no que não emplaca. Mas, afinal, por que isso acontece e como podemos fazer escolhas mais certeiras no âmbito da inovação?
Serafim cita exemplos que hoje são reconhecidos como casos de sucesso, mas que geraram desconfiança à época do lançamento. “Poucos imaginariam o potencial de um projeto chamado Twitter em seu início. Nem o Buscapé, buscador brasileiro de produtos e preços iniciado como startup em 1999 e vendido dez anos depois por US$ 342 milhões”, ressalta.
Como chegar à filtragem perfeita?
Perfeição, nesse jogo, é impossível. Ninguém tem como atestar com certeza se um negócio irá dar certo ou falhar. A história prova isso. Mas podemos aumentar o percentual de acerto, sim.
“O Google, por exemplo, prega o teste de ideias e a rápida validação de seus produtos com os usuários. Eles o chamam de pretotipagem, uma fase anterior ao teste de protótipos. Em seu contexto virtual muito peculiar, lançam produtos ainda inacabados para um grupo de clientes e já acompanham a experimentação, as taxas de utilização iniciais para identificar se aquela inovação vai ‘pegar’ e as oportunidades para ajustes”, conta Serafim.
O crowdsourcing, ou seja, quando várias pessoas colaboram para construção de um produto, serviço ou estratégia, é uma ferramenta que o executivo da 3M cita como interessante, mas ressalta que “é recomendável que as companhias utilizem ferramentas para avaliar essas oportunidades”.
“Diante das ideias captadas, devemos ter em mente questões sobre o valor potencialmente gerado, as necessidades do consumidor, o tamanho da oportunidade, dados de crescimento do mercado em que se deseja atuar, o impacto na indústria como um todo, entre outros aspectos”, finaliza Serafim.
Fonte: Administradores
Data: 22/09/2016
Hora: 15h55
Seção: Negócios
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