Passada a pressão do governo, o Brasil, enfim, entrou na rota dos negócios de computação em nuvem da Google. A empresa anunciou nesta quinta-feira, 29/09, que São Paulo terá a partir de 2017, um Centro de Computação em nuvem para hospedar as aplicações do plataforma Google de Cloud, que abarcou o Google for Works. A Google, no entanto, descaracteriza o centro de nuvem como um datacenter no Brasil.
"O Gmail não estará hospedado aqui. Segue em outros servidores", exemplifica Alessandro Leal, country manager da GSuite no Brasil. "Esse centro será 100% dedicado às aplicações em nuvem", acrescenta o executivo. A proposta de ter essa unidade no país é para, sim, criar uma distinção entre o google consumidor final e o google corporativo. "Ainda estamos na onda da colaboração e da comunicação. Mas vamos entrar na onda de aplicações críticas e estamos prontos", observa ainda Leal.
A Google quer ser um jogador de peso no mercado de cloud onde outras grandes estão na briga como Amazon, Microsoft e IBM. O Centro de Computação em nuvem será terceirizado junto a fornecedores, mas terá o desenho aberto adotada pela empresa de internet no mundo. "A proposta é ter um guarda-chuva único de produtos de cloud. Se o cliente quiser o serviço por 20 minutos, ele o terá. Nao haverá mais contratos longos. A cobrança é por minuto de uso", diz o líder da plataforma Google Cloud para a América Latina, Fábio Andreoti.A meta do Centro é reduzir a latência e aumentar a transmissão de dados.
A cobrança ainda está sendo feita em dólar quando a contratação acontece diretamente na Google. Mas se o cliente quiser pagar em real, há os parceiros, como o UOL Diveo e a CI&T que estão autorizados a prestar os serviços, acrescenta o especialista. A Google tem uma meta a cumprir: ser uma empresa mais de cloud do que de anúncios em 2020, pondera Alessandro Leal.
E a transformação digital é um impulso para essa estratégia. "A ideia é atrair, sim, as empresas que têm data centers próprios ou que precisam por compliance ter seus dados armazenados no país, como os bancos, para o nosso negócio", diz o country manager da GSuite no Brasil.
Para Andreoti, o modelo de computação em nuvem da Google é único. "Nós somos multicloud. E apostamos de verdade no código aberto. Acreditamos que as empresas vão querer ter vários fornecedores porque nós funcionamos assim. Nós trabalhamos com a simplicidade da administração para ganhar mercado", completa o líder da plataforma Google Cloud para a América Latina.
Fonte: Convergência Digital
Data: 29/09/2016
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Seção: Cloud Computing
Autor: Ana Paula Lobo
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