A entrada e movimentação de pessoas no mercado de trabalho deve se manter aquecida em 2017, ano em que a previsão de crescimento é estimada em 1,23%. Mesmo com a alta competitividade entre os profissionais, as empresas também devem ajustar os processos seletivos para garantir que os melhores candidatos sejam contratados.
As informações são da edição 2017 do Guia Salarial da Robert Half, divulgado na última quarta-feira (5). "As contratações acontecerão mesmo em ritmo moderado e seletivo, pois as organizações dependem de pessoas qualificadas para se manterem competitivas", explica Fernando Mantovani, diretor de operações da Robert Half. "O desafio nesse momento é encontrar o equilíbrio para tornar o processo ao mesmo tempo ágil e rigoroso. Uma contratação equivocada sempre traz prejuízo para os negócios", afirma.
De acordo o estudo, realizado junto a 100 gestores de RH, 83% deles afirmaram que pretendem manter o ritmo de contratações durante os próximos 12 meses. No entanto, a busca pelo profissional mais adequado para a equipe torna-se mais acirrada – por outro lado, processos seletivos complicados e com muitas etapas podem exlcuir os melhores candidatos, além de custarem mais caro. A pesquisa revela que, segundo 53% dos gestores, o tempo de recrutamento aumentou nas suas empresas.
"Qualificações técnicas são sempre bem-vindas, mas os gestores estão de olho nos profissionais que sabem trabalhar em grupo e são comunicativos e flexíveis, além de comprometidos com a empresa e com a criação de um ambiente positivo dentro da companhia", ressalta.
Em cenários em que a recolocação se torna mais desafiadora, especialmente para manter o salário anterior, é preciso que o candidato analise pontos que vão além da remuneração, como compatibilidade entre a oportunidade e os projetos profissionais; perspectivas de carreira dentro da companhia num período entre seis meses e um ano; e as oportunidades de recuperar o ganho em longo prazo. “Há profissionais que, mesmo sem o preparo ideal, foram sendo promovidos quando o mercado estava aquecido e agora encontram barreiras diante na nova realidade econômica do País”, conta Mantovani.
Remuneração
Os salários não devem ter grandes reajustes – a maior previsão de acréscimo é de 10% na remuneração, após correção inflacionária. O foco maior, segundo 43% dos gestores entrevistados, deverá ser nos ganhos variáveis como forma de valorizar o esforço dos colaboradores.
Retenção
Perder um colaborador para empresas concorrentes é um receio factível dos gestores de RH. Mesmo em um ritmo menor de contratações, ainda há demanda no mercado por profissionais qualificados e experientes. As estratégias mais utilizadas para reter talentos são promoções internas (56%), trabalho flexível (54%), salários competitivos (49%), treinamento e desenvolvimento (41%) e contrapropostas (21%).
Fonte: Administradores
Data: 05/10/2016
Hora: 17h34
Seção: Carreira
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