Abrir empresas, conseguir financiamento, alvará e resolver situações de insolvência deveriam ser atividades fáceis para as empresas. Mas, no Brasil, é necessária uma boa dose de persistência e resiliência para lidar com o ambiente de negócios repleto de burocracia e custos. De acordo com o ranking Doing Business, divulgado anualmente pelo Banco Mundial, o Brasil caiu duas posições entre 2016 e 2017 como país para realizar atividades econômicas.
A posição anterior não era nada invejável: de 190 países, o país ocupava a posição 121º; hoje, ocupa a 123º. Entre os itens que mais prejudicaram o desempenho do país estão conseguir uma ligação elétrica para o estabelecimento (queda de 8 posições), resolver dívidas e situações de insolvência (queda de 7 posições) e conseguir crédito (queda de 4 posições). Confira aqui a página detalhada do país no ranking.
Apenas em três quesitos o Brasil obteve melhora: cumprimento de obrigações contratuais (subiu 8 posições), registro de propriedade (2 posições) e comércio além das fronteiras (1 posição). Em todos os demais houve queda no ranking, mesmo quando o resultado individual foi positivo – a liberação de alvarás de construção teve uma melhora em 0,01%, enquanto a facilidade para abrir um novo negócio subiu 0,84%. Mas ambos os itens caíram nos respectivos rankings quando comparados com o desempenho de outros países.
Mesmo na comparação regional e com economias em estágio semelhante, o Brasil apresenta um desempenho fraco. Países latinoamericanos, como o México (47º), Uruguai (90º), Paraguai (106º), Equador (114º) e Argentina (117º) obtiveram melhor desempenho. Entre os BRICS, também ficamos para trás: Rússia (40º), África do Sul (74º) e China (78º) permanecem com folgada distância do Brasil. Apenas a Índia (130º) tem um ambiente de negócios mais insalubre do que o Brasil.
O Instituto Mercado Popular (IMP) isolou os dados para comparar o Brasil com os demais países da América Latina e aponta dados preocupantes. Enquanto na região, em média, uma empresa pode ser aberta em 18 dias, no Brasil o tempo normal é de três meses. Por aqui, gastam-se 2038 horas para saber quanto deve ser pago de impostos; na América Latina, a média é de 256 horas.
Site: Administradores
Data: 27/10/2016
Hora: 17h23
Seção: Negócios
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