Casa inteligente, funcional e sustentável será construída com R$ 50 mil

08/11/2016

Quando se fala em casa inteligente, formam-se conceitos de modelos altamente tecnológicos onde dá para ligar e desligar as luzes com um simples comando de voz. Além do conforto, as moradias inteligentes prezam, por exemplo, pelo uso consciente dos recursos naturais e a autonomia energética. A modernidade, no entanto, sai por um preço que boa parte da população brasileira não pode arcar.

Erguer uma casa popular inteligente, da prancheta à última telha, é o desafio proposto aos alunos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) que disputarão a Olimpíada do Conhecimento 2016. Entre 10 e 13 de novembro, em Brasília, 48 alunos de equipes de cinco estados e do Distrito Federal, construirão uma residência para um casal com, pelo menos, sala de estar, quarto, cozinha e banheiro.

Com foco no baixo custo, as equipes terão orçamento de R$ 50 mil para a compra de todos os materiais. Entre os atributos obrigatórios, cada casa terá de fazer reúso de água e contar com sistemas de geração própria de energia e de redução do consumo, e possibilitar a venda do excedente gerado para a concessionária. Os móveis devem ser ergonômicos e multifuncionais, propiciando comodidade para atividades de estudo, descanso e lazer, fabricados com madeira maciça e compostos e ferragens nacionais.

O sistema de construção deve ter baixo impacto ecológico, além de ser durável e seguro. Cada projeto será construído de acordo com a peculiaridade da região de onde vem a equipe. O Senai gaúcho, por exemplo, construirá uma casa de madeira, por conta do clima mais frio, típico do Sul. Há ainda uma casa feita a partir de um container de carga. Nenhum dos projetos utiliza o sistema de construção convencional. Todos são inovadores, com geração de menos resíduos e pouco tempo de construção, dentre outras vantagens.

Quando a Olimpíada do Conhecimento abrir para o público parte das casas já terá sido construída. Paredes internas e o telhado já devem ter sido erguidas, mas a finalização do projeto acontecerá durante os três dias de competição, que terá duração total de até 20 horas. O público poderá ver todos os ambientes internos da casa. Aliás, esse é um dos critérios para execução do projeto. A fachada frontal da casa não poderá bloquear a visualização do visitante.

As equipes com estudantes dos cursos de Instalações Hidráulicas e de Aquecimento, Instalações Elétricas Prediais, Movelaria, Construção em Alvenaria e Aplicação de Revestimentos Cerâmicos terão até 20 horas para executar o projeto.

Os projetos serão avaliados por técnicos do Senai e representantes de empresas do setor de construção como Starrett, Autômatos, Insight Energy e Terramax. Depois da Olimpíada do Conhecimento, essas casas serão desmontadas e levadas para os estados de origem, onde podem ser utilizadas em cursos técnicos como casa modelo.

No Brasil e pelo mundo

Estima-se que, no Brasil, havia 300 mil casas inteligentes, em 2015, segundo a Associação Brasileira de Automação Residencial (Aureside). Um número tímido, porém, quando comparado a países desenvolvidos. Nos Estados Unidos, pelo menos 24 milhões de moradias já são equipadas com tecnologias de casas inteligentes, onde há especial interesse por automação da residência. Na Europa, onde o maior desejo é o de reduzir gastos com água e energia, já se encontra bairros inteiros com casas equipadas com as tecnologias de ponta.

O principal avanço nas residências brasileiras tem sido na geração de eletricidade. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em agosto haviam 5.040 sistemas de geração de energia solar instalados nas residências. A previsão é de que 1,2 milhão de unidades consumidoras no país vão gerar a própria energia até 2024.

(Texto com informações da CNI)

 

Fonte: Agência Gestão CT&I
Data: 07/11/2016
Hora: 18h46
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