Empresas estão acelerando os ciclos de renovação de equipamentos para acomodar iniciativas de mobilidade, Internet das Coisas e estratégias de ambientes definidas por software. Na outra ponta, há uma tendência de envelhecimento mais lento das redes, que pode limitar esse tipo de iniciativa.
A convergência desses dois fatores contrastantes tem deixado brechas de segurança nas infraestruturas corporativas, principalmente devido a ajustes negligenciados em termos de proteção. Segundo um estudo recente da Dimension Data, o número de companhias vulneráveis é o mais alto em cinco anos.
Publicado pela primeira vez em 2009, o Relatório Barômetro de Rede compila dados de 300 mil incidentes de serviços registrados em redes de clientes da integradora.
Para o estudo, a empresa também realizou 320 avaliações de gerenciamento de ciclo de vida de tecnologia, cobrindo 97 mil dispositivos de rede em organizações de todos os tamanhos e de todos os setores da indústria, em 28 países.
Desses quase 100 mil equipamentos analisados na edição mais recente, o número de máquinas com pelo menos uma vulnerabilidade de segurança conhecida aumentou de 60%, registrado em 2015, para 76% esse ano – percentual mais alto registrado em cinco anos.
Na Europa, o aumento de vulnerabilidades de rede tem sido bastante abrupto nos últimos três anos, subindo de 26% (em 2014) para 51% (em 2015) e atingindo 82% no relatório de 2016. Vulnerabilidades de rede também aumentaram em organizações no Oriente Médio e na África nos últimos três anos.
Na Austrália, 87% dos dispositivos de rede têm pelo menos uma vulnerabilidade conhecida. Na Ásia-Pacífico e nas Américas, as redes são um pouco menos vulneráveis – 49% e 66%, respectivamente, comparados com 61% e 73% na edição anterior do estudo.
O estudo indica que 37% dos incidentes são causados por erros humanos ou de configuração, que podem ser evitados com monitoramento, gerenciamento de configuração e automação apropriados.
Além disso, o relatório aponta que as redes estão envelhecendo. Esse processo, porém, tem ocorrido de forma menos acelerado do que antigamente. Andre van Schalkwyk, gerente de Networking da Dimension Data, ressalta que esse envelhecimento não é necessariamente uma coisa ruim.
“As empresas só precisam entender as implicações disso. Elas exigem uma construção de suporte diferente, com custos que aumentam gradualmente. Por outro lado, isso também significa que as organizações podem atrasar custos de atualização”, comentou.
Porém, redes em envelhecimento não são suscetíveis a suportar iniciativas como redes definidas por software e automação, ou de lidar com volumes de tráfego necessários para colaboração ou nuvem.
Fonte: Computerworld
Data: 09/11/2016
Hora: 17h43
Seção: Segurança
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Link: http://computerworld.com.br/numero-de-empresas-vulneraveis-e-o-mais-alto-em-cinco-anos