AT&T quer Internet das Coisas, mas diz que regras no Brasil não são claras

10/11/2016

Ainda há barreiras legais para a AT&T atuar em projetos de internet das coisas no Brasil - entre elas a questão do roaming e da obrigação do chip local - mas, de acordo com Karim Lesina, vice-presidente da AT&T para Europa e América Latina, a operadora acredita no potencial que o País oferece na área. Em palestra durante o IX Seminário TelComp, realizado nesta terça-feira, 08/11, em São Paulo, Lesina sustentou que a AT&T está analisando mercado brasileiro e as iniciativas em outros lugares do mundo para entender em quais nichos poderia atuar no País.

Lesina lembrou ainda que a velocidade da evolução tecnológica avançou muito nos últimos anos e por isto o maior desafio é saber para onde a tecnologia está indo e como isto impactará aspectos de privacidade e segurança. “A internet das coisas é algo que não existia anos atrás. A tecnologia está evoluindo rapidamente e nós temos de estar prontos para isto”, ressaltou o VP da AT&T.

Para que a internet das coisas se torne realidade, é necessário desenvolver o ecossistema, o que inclui modelos regulatórios, mas o principal, sem dúvida nenhuma, é a conectividade. "Sem conexão não há IoT", pontuou. Sobre as próprias teles, Lesina diz que é preciso mudar: “Hoje somos apenas uma companhia de comunicação e isto é algo que devemos analisar". O executivo da AT&T foi taxativo: como surgiram as OTTs nos serviços tradicionais, em IoT também vão surgir novos rivais, ainda assim, nãos se mostrou favorável à regulamentação excessiva. "O mercado ditará quem fica".

Na aceleração dos negócios em IoT, necessidade de escala, padronização, interoperabilidade e confiança no provedor serão essenciais. “Se você quer trabalhar com internet das coisas é preciso que as pessoas confiem na sua companhia a ponto de compartilharem seus dados”, ressaltou.

Para o VP da AT&T, o melhor modelo possível para incrementar o ecossistema da Internet das Coisas seria o cooperação entre diversas empresas para prover os serviços. O executivo não quis se pronunciar sobre a compra da Time Warner nos EUA e os impactos que isso poderia ter sobre a Sky no Brasil. A Lei do Serviço de Acesso Condicionado (SeAC) impede a propriedade cruzada entre uma empresas programadora (Time Warner) e uma empresa de telecomunicações (Sky). Assistam a indagação feita pelo portal Convergência Digital ao VP da AT&T sobre a Sky e investimentos em Internet das Coisas. Assistam.

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Fonte: Convergência Digital
Data: 09/11/2016
Hora: ------
Seção: Telecom
Autor: Roberta Prescott e Rodrigo dos Santos
Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=site&infoid=43976&sid=8