Os analistas que acompanham o mercado de computação em nuvem pública na modalidade IaaS tendem a concordar que 2016 foi um ano que solidificou o posicionamento de três fornecedores _ Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud Platform _ e marcou um importante ponto de transição para as empresas que utilizam seus serviços.
Essas empresas ofereceram aos clientes mais opções de onde hospedar seus dados em todo o mundo, diferentes instâncias de máquina virtual para otimizar suas cargas de trabalho e novas formas de gerenciar e analisar dados que já estão na nuvem.
Razão pela qual os clientes tornaram-se cada vez mais confortáveis ??usando-as. E mais empresas comprometeram-se a desligar seus próprios data centers e mover seus aplicativos mais importantes para IaaS.
Estudos do Gartner apontam que em 2017 os investimentos das empresas brasileiras em Cloud devem chegar a US$ 4,5 bilhões, e até 2020 devem atingir US$ 20 bilhões. Para tal, jogadores de peso no mercado de Cloud Computing já estão presentes no Brasil, como Amazon (AWS), Microsoft e IBM, e em 2017, Google e Oracle prometem presença em território nacional - afinal todos querem a sua fatia no mercado, e concorrem ferozmente com ofertas de empresas brasileiras.
Então, quais tendências definirão 2017? Aqui estão 10 que definirão o mercado de nuvem pública:
1. Receitas em alta
A Forrester Research estima que o mercado global de nuvem está se expandindo a uma taxa de crescimento anual de 22% e deverá atingir US$ 146 bilhões até o final de 2017. E as previsões são as de que atinja US$ 236 bilhões até 2020. IaaS e PaaS devem ser um mercado de US$ 32 bilhões em 2017, crescendo 35% ao ano. Bem mais rápido que o mercado SaaS.
A AWS pode atingir US$ 13 bilhões em receitas, enquanto a Forrester acredita que a Microsoft Azure será cerca de duas ou três vezes menor (a Microsoft não divulga suas receitas da Azure) e a Google ficará entre meio bilhão e US$ 1 bilhão. "Tivemos que atualizar nossa previsão", diz Dave Bartoletti, analista da Forrester. "Este mercado está crescendo mais rápido do que esperávamos em 2014", afirma. A nuvem está sendo adotada a um ritmo mais rápido do que a virtualização. Espera-se que este meteórico crescimento continue até 2017.
2. Nuvem 2.0
Dado este crescimento maciço, o principal analista da IDC, Frank Gens, acredita que a indústria está no alvorecer de uma nova fase da nuvem. A 2.0, caracterizada pela adoção em massa por parte das empresas. Até 2018, Gens prevê que 60% das cargas de trabalho de TI serão off-premise; 85% das empresas se comprometerão com um modelo de arquitetura multi-nuvem e em 2020 mais de 70% das receitas dos provedores de serviços em nuvem serão mediadas por parceiros de canal/corretores. "Mesmo para aquelas empresas já familiarizadas com a nuvem, será um novo desafio se preparar para essas mudanças significativas do que as nuvens são, e são capazes de fazer", diz Gens. "As premissas de mercado sobre (e casos de uso para) a nuvem - à medida que ela se torna mais distribuída, confiável, inteligente e especializada - se expandirão enormemente".
3. Aprendizado de Máquina/IA
Se há uma tendência que deve dominar as prioridades dos fornecedores de nuvem este ano é a aprendizagem de máquina e Inteligência Artificial. Todos os três principais fornecedores fizeram grandes anúncios em 2016 relacionados a este campo. O Google lançou o TensorFlow, uma plataforma de aprendizado de máquinas de código aberto. A Microsoft introduziu uma plataforma baseada na nuvem para o aprendizado de máquinas e a Amazon anunciou três novos serviços de aprendizado de máquinas durante a conferência re:Invent. Mais novidades nessa área são aguardadas para em 2017, com esta tecnologia tornando-se mais fácil de usar por parte usuários diários e de integrar em aplicativos construídos pelos desenvenvolvedores sobre estas plataformas de nuvem.
4. Computação sem servidor
Uma tendência que começou em 2015, ganhou força em 2016 e deve continuar em ascensão em 2017 é a da computação sem servidor. É a idéia de criar aplicativos que são executados sem provisionar recursos de infraestrutura. O código é acionado por eventos - um dispositivo IoT enviando informações para um banco de dados, por exemplo. A plataforma de computação sem servidor executará então uma ação correspondente: fazer uma cópia dessa entrada de banco de dados em um data warehouse, por exemplo.
Aplicativos inteiros podem ser construídos dessa maneira. A plataforma Lambda, da AWS, estreou em 2015, enquanto a Microsoft tornou as Funções Azure disponíveis em novembro e a IBM disponibilizou sua plataforma de computação sem servidor OpenWhisk (que também é um projeto de código aberto) em dezembro no BlueMix PaaS.
Ainda é cedo para avaliar a computação sem servidor, mas esperamos que mais e mais casos de uso - especialmente em torno da Internet das Coisas - surjam em 2017.
Fonte: CIO
Data: 06/01/2017
Hora: 07h00
Seção: Tecnologia
Autor: Brandon Butler
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Link: http://cio.com.br/tecnologia/2017/01/06/dez-tendencias-de-iaas-para-2017/