Os smartphones serão o item mais influente neste ano — produtos ou serviços que serão muito comentados pelas pessoas —, seguido por baterias inteligentes (sem a necessidade de conexão por fio), de acordo com pesquisa encomendada ao Datafolha pelo IEEE (Instituto de Engenheiros Eletricistas Eletrônicos), organização mundial dedicada ao avanço da tecnologia), sobre as principais tendências tecnológicas para 2017
O levantamento revela, por outro lado, que os telefones fixos, seguidos de computadores de mesa e câmeras fotográficas digitais, são considerados pelos entrevistados do Datafolha como os itens mais supérfluos.
A pedido do IEEE, a pesquisa quantitativa, com abordagem pessoal em pontos com alto fluxo de pessoas, teve como objetivo investigar a opinião dos brasileiros acima dos 16 anos, de todas as classes sociais, sobre as principais tendências tecnológicas para este ano. Foram realizadas 2.068 entrevistas, entre os dias 24 e 28 de novembro de 2016, em 130 municípios distribuídos por todo o Brasil, com índice de confiança de 95%. A metodologia usou perguntas de múltipla escolha, e os entrevistados podiam selecionar mais de uma alternativa como resposta.
Os smartphones lideram as tendências com 35% das respostas, porcentagem que cresce se analisados somente os entrevistados mais jovens (16 a 24 anos). As baterias inteligentes vêm logo em seguida, com 33% das preferências, e, com pequena diferença, o terceiro e o quarto lugar ficam com a tecnologia mais inteligente para a segurança doméstica (30%) e carros mais inteligentes (29%). Outros itens tecnológicos ficaram abaixo destes, como veículos elétricos (23%), tablets (22%), robôs para uso pessoal em tarefas rotineiras (13%) ou impressoras 3D acessíveis (12%).
No quesito sobre regiões do Brasil, há pequenas variações sobre o smartphone: 39% na região Sul, 36% no Nordeste, 34% no Sudeste 29% no Centro-Oeste e Norte. Porém, em todas elas as tendências são as mesmas.
Um dado curioso se verificou no item sobre jogos de realidade aumentada: embora no cômputo geral tenham obtido 11% das indicações, na faixa de entrevistados entre 16 e 24 anos essa cifra duplicou (22%).
Itens mais desejados
A pesquisa do Datafolha também avaliou os itens mais desejados pela população para 2017 e todas as faixas etárias apontaram as baterias inteligentes como o principal desejo, com 25% das respostas. A locomoção ocupa o segundo e o terceiro lugar: carros inteligentes, com Wi-Fi, GPS, controle remoto de fábrica, etc.) receberam 22% e os veículos elétricos ficaram com 21% das preferências. Mais abaixo vêm as tecnologias mais inteligentes para a segurança doméstica (16%) e robôs para uso pessoal (14%), entre outros itens.
As variações regionais também se verificaram em relação aos itens mais desejados: baterias inteligentes lideram as preferências na região Centro-Oeste/Norte (29%), seguida da região Nordeste (27%), Sul (24%) e Sudeste (23%). Enquanto o desejo pelos caros elétricos variava pouco de região a região (entre 20% e 22%), os carros inteligentes tiveram respostas regionais menos homogêneas: 26% na região Centro-Oeste/Norte, 22% no Sudeste, 21% no Nordeste e 17% no Sul.
Itens supérfluos
A pesquisa do Datafolha também avaliou a opinião dos brasileiros sobre os itens que serão mais supérfluos em 2017, com os telefones fixos (seja em residências ou escritórios) liderando as opiniões com 36% (entre jovens de 16 a 24 anos esse índice sobe para 38%). Em seguida, com 29% das respostas, vêm os computadores de mesa, seguidos das câmeras fotográficas digitais (24%). A primeira e a segunda tendência, segundo constatou a pesquisa, são mais fortes entre os entrevistados de maior poder aquisitivo e de mais alta escolaridade. Segundo o IEEE, esses três itens podem estar associados ao uso cada vez maior dos celulares, hoje capazes de substituir todas essas funções em um só aparelho e com alto padrão de qualidade.
Novamente a faixa etária influencia as preferências: os entrevistados acima dos 60 anos são os que menos rejeitam os telefones fixos (28%), os computadores de mesa (19%) e as câmeras fotográficas digitais (12%), em contraste com os mais jovens, entre 16 e 24 anos, que rejeitam esses itens, respectivamente com 38%, 37% e 28%.
Nesta pergunta, porém, os resultados regionais apresentam respostas diferentes. A rejeição ao telefone fixo, por exemplo, é de 43% na região Centro-Oeste/Norte, 38% no Sudeste, 35% no Nordeste e 24% no Sul. Já o computador de mesa é rejeitado por 34% dos entrevistados na região Sudeste, 26% no Centro-Oeste/Norte e 24% no Sul e no Nordeste.
Perfil da amostra
Segundo o Datafolha, o perfil da amostra corresponde ao da população brasileira com 16 anos ou mais. Entre seus principais destaques, estão: 58% vivem em cidades do interior e 42% das regiões metropolitanas; 43% estão concentrados na região Sudeste, seguidos de 27% no Nordeste e 15% no Sul e no Centro-Oeste/Norte; 52% da população é constituída por mulheres; a média etária dos brasileiros adultos é de 42 anos; a maioria da população não chegou ao nível superior de escolaridade (44% no ensino médio, 38% no fundamental e 14% no superior); e 64% da população têm renda mensal de até três salários mínimos, com a classe C representando quase metade da população (47%), seguida das classes D/E (26%), classe B (23%) e classe A (4%).
Fonte: Computerworld
Data: 10/01/2017
Hora: 14h48
Seção: Tecnologia
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