O Brasil vai colocar em órbita, em março, um moderno satélite para permitir a melhora na fiscalização dos 17 mil quilômetros de fronteira com 10 países sul-americanos. Para o ministro da Defesa, Raul Jungmann, o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) também irá por fim as dificuldades de acesso à internet, assegurando o serviço de banda larga para todo território nacional.
“O satélite geoestacionário vai acabar com o apartheid digital. Todo o brasileiro, do Oiapoque ao Chuí, da Cabeça do Cachorro até Fernando de Noronha, vai dispor de banda larga”, afirmou Jungmann, ao visitar nesta terça-feira (17), em Brasília (DF), o Centro de Operações Espaciais, responsável por operar, da terra, o equipamento. “O SGDC é o maior projeto de inclusão digital que o país já teve”, acrescentou.
O ministro garantiu que o equipamento representará um grande salto em termos de soberania e segurança das comunicações. “O satélite representa uma aquisição de tecnologia, porque engenheiros brasileiros participaram desde o início do seu projeto.”
Segundo Jungmann, o SGDC permitirá uma grande melhoria nas condições de fiscalização das fronteiras. A expectativa é expandir a capacidade operacional das Forças Armadas, por exemplo, em operações conjuntas nas regiões de fronteira terrestre, em eventuais operações de resgate em alto mar e ainda no controle do espaço aéreo. “Além disso, o satélite, que será controlado pelos brasileiros, vai propiciar a segurança das comunicações na área de defesa e na área governamental”, acrescentou.
O lançamento do SGDC está previsto para 21 de março, às 19 horas, do Centro Espacial de Kourou, localizado na Guiana Francesa. Jungmann ressaltou que está indo para Tabatinga (AM) e, depois, para Dourados (MS), para supervisionar o trabalho de segurança e defesa das fronteiras feito pelos militares das Forças Armadas e conhecer o projeto piloto do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron).
SGDC
O projeto é uma parceria entre os Ministérios da Defesa e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), e envolve investimentos da ordem de R$ 2,1 bilhões. O satélite terá uma banda KA que será utilizada para comunicações estratégicas do governo e implementação do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), e uma banda X, de uso exclusivo das Forças Armadas. O Ministério da Defesa investiu cerca de R$ 500 milhões para utilização da banda X pelos próximos 18 anos, tempo de vida estimado do produto.
(Agência Gestão CT&I/ABIPTI, com informações do Ministério da Defesa)
Fonte: Agência Gestão CT&I/ABIPTI
Data: 18/01/2017
Hora: 16h07
Seção: Notícias
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