O mercado de educação à distância está em ascensão. Com custos mais baixos e aulas interativas, o modelo tem atraído pessoas que querem se especializar, mas que contam com pouco tempo e dinheiro. As startups voltadas para educação são vistas como promissoras. Surgida em 2011, a Descola quer preencher lacunas pouco exploradas pelas instituições de ensino tradicionais. “Começamos criando experiências presenciais de temas como gamification, open data e até sobre produção de cerveja artesanal. Depois dos primeiros encontros, percebemos que o mercado tinha um potencial enorme, e então transformamos essas aulas em experiências online”, conta André Tanesi, presidente e cofundador da startup. Atualmente, mais de 16 mil alunos participam dos 32 cursos oferecidos pela plataforma, que agora tem foco totalmente em inovação. Entre os cursos oferecidos estão o de design thinking, visual thinking, storytelling, internet das coisas e realidade virtual. O valor médio de um curso é de R$ 150. Após adquiri-lo, o estudante baixa o curso numa plataforma digital, que pode ser acessada tanto pelo celular quanto pelo tablet ou computador. “A plataforma é bem simples. Criamos cursos que ficam à disposição dos alunos para serem vistos de qualquer lugar, em qualquer horário, quantas vezes o aluno quiser”, explica Tanesi. A empresa já recebeu R$200 milhões em investimento.
Opção na crise
Outra startup, a WeeGet, oferece serviços tanto para quem quer aprender quanto para quem quer ensinar. “Desenvolvemos um sistema aberto que se pluga a todo o ecossistema de educação: escola, especialistas, professores e alunos”, diz Cláudio Laniado, presidente da WeeGet. “No nosso site é possível se cadastrar tanto para criar um curso, quanto para ministrar uma aula ou ainda só para aprender.” A proposta principal da startup, no entanto, é promover cursos profissionalizantes em um período máximo de uma semana. A plataforma quer atrair as pessoas que precisam de conteúdo especializado de maneira rápida, seja para conseguir um emprego ou para uma promoção. A plataforma tem atraído interesse do mercado corporativo. “Estamos fazendo algumas adaptações no produto para que também seja usado para treinamento interno”, diz Laniado.
Parcerias
As startups têm chamado a atenção de instituições educacionais que oferecem cursos à distância. Ao usar as plataformas criadas pelas startups, economizam com a tecnologia e assim, garantem o maior investimento em conteúdo. Criada em 2009, a Cers já oferece a plataforma para grandes universidades e empresas. “No DNA da Cers estão o mundo do direito e a educação com qualidade”, explica Renato Saraiva fundador da empresa.
Carro autônomo
O mercado brasileiro de educação à distância também tem atraído startups internacionais. Criada por professores de Stanford, no Vale do Silício, a Udacity oferece cursos para desenvolvedores, voltados para necessidades específicas do mercado. Recentemente, a empresa lançou o curso de engenheiro de carro autônomo, em parceria com a Mercedes Benz, McLaren, Otto e Nvidia. A primeira turma já conta com estudantes brasileiros. A Udacity abriu o código de seu simulador de carro autônomo, tornando-o disponível a qualquer desenvolvedor. Sebastian Thrun, um dos fundadores da Udacity, liderou o projeto de carro autônomo do Google.
Fonte: Inova.Jor
Data: 14/02/2017
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Seção: Startups
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Link:http://www.inova.jor.br/2017/02/14/statups-educacao-a-distancia/