A crise econômica afetou todos os setores econômicos, além de causar demissões de profissionais qualificados do setor de TI, provocou um impacto negativo no mercado de startups como a redução de investimentos. Por outro lado, a crise também acabou, indiretamente, culminando em oportunidades. Segundo Alan Leite, CEO do Startup Farm, a principal delas foi a criação de startups comandadas por profissionais qualificados que acabaram perdendo seus empregos devido ao enxugamento da folha de pagamento de grandes empresas.
Segundo o empresário, esses profissionais agregaram valor ao ecossistema. “Há muita gente boa, experiente, que não enxergava o empreendedorismo como caminho. A crise fez com que eles considerassem essa jornada empreendedora”. Em entrevista a revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, Alan Leite fala do cenário atual, impactos da crise e perspectivas do setor.
Como a crise econômica atrapalhou o mercado de startups?
O mau momento da economia trouxe impactos negativos para o ecossistema. Considero que, para nós, a crise veio forte já em 2014, antes de prejudicar todo mundo. As grandes empresas, que apoiam iniciativas de fomento ao empreendedorismo, congelaram suas verbas.
Aceleradoras como a Papaya Ventures e a Pipa fecharam. Eventos de demoday [em que startups se apresentam para investidores] também diminuíram. Então houve uma dificuldade maior para os empreendedores do setor se desenvolverem.
A crise teve algum impacto positivo para o setor de startups?
Sim. O ecossistema recebeu muitos profissionais que foram demitidos de seus empregos e decidiram abrir o próprio negócio. São pessoas que atuavam em consultorias, profissionais com doutorado e pesquisadores, entre outros. Eles não enxergavam o empreendedorismo como alternativa antes da crise. Depois dela, sentiram-se dispostos a encarar essa jornada empreendedora.
A crise fez com que todo mundo do setor olhasse para si, revesse conceitos e fizesse o possível para atravessar esses anos. Ficamos mais fortes. Não diria de jeito nenhum que a crise foi boa sob uma perspectiva macroeconômica, mas digo que, para as startups, a crise foi benéfica.
Em comparação a outros mercados, estamos muito atrasados?
Eu diria que estamos na metade do desenvolvimento. Ecossistemas como o de Israel e dos Estados Unidos estão em uma maturidade máxima. Nós ainda temos um longo caminho a perceber. O que é incrível, porque um cenário como esse nos dá a chance de fazer muitas coisas muito legais.
Para ler na íntegra a matéria que foi publicada no Pequenas Empresas Grande Negócios, acesse o print screen abaixo.
Fonte: PEGN
Data: 09/05/2017
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Seção: Carreira
Autor: Adriano Lira
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Link: http://revistapegn.globo.com/Startups/noticia/2017/05/crise-trouxe-empreendedor-mais-capacitado-para-o-ecossistema-de-startups.html