Dos 7 bilhões de reais disponíveis para inovação na Finep, apenas 6 por cento foram contratados em 2017

04/07/2017

A Finep, financiadora de estudos e projetos e braço de fomento do MCTIC, possui R$ 7 bilhões disponíveis para projetos privados de inovação no Brasil, mas apenas R$ 450 milhões foram contratados até maio, afirma o presidente Marcos Cintra. Neste mesmo período em 2016, a financiadora havia emprestado R$ 1,3 bilhão.

Além da crise econômica, que desestimula a demanda por crédito, o uso da TJLP, hoje em 7,5%, tem um impacto negativo, afirma Cintra.

Somada ao spread da própria Finep, que varia de 1,5% a 5%, e às fianças bancárias, a taxa sobe para até 16%. "O mercado de inovação de longo prazo não comporta uma taxa tão elevada."

De acordo com o presidente da Finep, hoje exixtem duas propostas nas mãos do ministro do MCTIC, Gilberto Kassab, para tornar o crédito mais atrativo. A primeira é passar a indexar os empréstimos da financiadora à TR, hoje em 2%. E a segunda é que o FNDCT (fundo do setor) deixe de ser contábil e se torne financeiro.

Em 2017, a Finep prevê arrecadar R$ 4 bilhões para projetos cujos recursos não serão reembolsados. Desse montante, só R$ 650 milhões, ligados a contratos anteriores, deverão ser liberados, diz ele.

"Nos últimos 15 anos, foram arrecadados quase R$ 70 bilhões e liberados só R$ 20 bilhões. Se os recursos tivessem sido capitalizados, o fundo teria um saldo de mais de R$ 40 bilhões."

Cintra afirmou ainda que uma outra proposta é tornar a Finep uma instituição financeira, o que lhe permitiria captar no mercado ou no exterior.

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Fonte: Folha de São Paulo
Data: 03/07/2017
Hora: 02h30
Seção: Colunistas
Autor: ------
Foto: Paulo Fehlauer
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