Brasil lidera em número de Fintechs na América Latina

Nos últimos dois anos a América Latina (AL) tem registrado um acelerado surgimento de novas empresas financeiras baseadas em plataformas tecnológicas conhecidas como Fintech, o que sinaliza uma profunda mudança nos mercados financeiros, e apresenta ao mesmo tempo um desafio para seus reguladores.

Em número de fintechs na América Latina, o Brasil ganha disparado. Um levantamento feito pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) Banco Interamericano de Desenvolvimento identificou que existem atualmente 703 empreendimentos em 15 países da região, com uma oferta de soluções que inclui todos os segmentos e tecnologias disponíveis globalmente, favorecendo o surgimento de uma indústria de serviços financeiros digitais mais inovadora e inclusiva. O Brasil é o país com maior número de négocios - com 230 empresas -, seguido do México com 180; Colômbia com 84; Argentina com 72 e Chile com 65. Esses cincos países concentram quase 90% da atividade Fintech na América Latina.

De acordo com o estudo, três em cada cinco fintechs possuem no máximo três anos de fundação. Por estarem em sua "infância", o estudo aponta que a maioria dos produtos e modelos devem amadurecer e crescer antes de se tornarem empresas sustentáveis.

Das startups identificadas, uma em cada quatro empresas operam como plataformas alternativas de financiamento, oferecendo empréstimos, financiamento colaborativo (crowdfunding) ou financiamento por meio de intermediação de faturas. Outra quarta parte opera como empresa de pagamentos. Entre as demais, há segmentos como gestão de finanças empresariais e pessoais, gestão patrimonial, seguros e bancos digitais.

Entre os que participaram do estudo, 41,3% afirmam que sua missão é atender a clientes que são excluídos ou subatendidos pelos serviços financeiros tradicionais, seja pessoa física ou pequenas e médias empresas.

 “Além de conseguir menores custos ao adotar canais digitais, as Fintech usam distintas fontes de informação e novas técnicas para avaliar os clientes, seu comportamento e risco, o que permite chegar aos segmentos excluídos de forma mais acessível. Estamos presenciando uma revolução na maneira em que as pessoas e as empresas lidam com suas finanças”, disse Gabriela Andrade, especialista em mercados financeiros do BID.

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Fonte: IDG Now
Data: 12/07/2017
Hora: 14h27
Seção: Internet
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