O ano de 2017 está sendo marcado por uma série de eventos negativos no campo político e econômico. Nesse contexto, é exigido das empresas um esforço muito maior para manter a competividade e produtividade.
De acordo com a advogada e especialista em recuperação de empresas, Mara Denise Poffo Wilhelm, alguns problemas nas organizações partem de seus próprios líderes, que se encontram totalmente desorientados pelos resultados que a companhia apresenta e transferem essa pressão para a sua equipe. “Em situações de grande estresse, pode levar à tomada de decisões errôneas ou inconsequentes, ocasionando o agravamento da crise e da situação financeira da empresa”, explica. O resultado é um caos diário na gestão e na operação da empresa.
Mas, como manter uma empresa saudável, evitando o estresse da empresa? A especialista dá algumas dicas. Confira:
1 – Acompanhe de perto os resultados da empresa: é de extrema importância que os gestores tenham sempre acesso aos resultados da empresa, e que realizem a análise contábil e financeira destes. Projetar e simular com base em diversos resultados, sejam as metas positivas ou negativas, considerando as piores hipóteses possíveis. Essas atitudes possibilitam que os momentos difíceis sejam previstos com antecedência, permitindo um tempo maior ao gestor para se programar para resolver o problema considerando aquele cenário projetado.
2 – Certifique-se que a sua equipe é qualificada: a empresa precisa estar em constante inovação e, para isso, a sua equipe precisa acompanhar essa necessidade de crescimento. Precisa estar preparada para as mudanças e ajudar o gestor com dicas, ideias, apresentando resultados. O comodismo de alguns funcionários, preocupados apenas em realizar minimamente suas funções, sem buscar aperfeiçoamento, é fator de retrocesso nas empresas. As equipes precisam estar sempre prontas para os novos desafios da empresa. A especialização dos profissionais em cada área proporciona segurança ao gestor na condução de seus negócios e decisões.
3 – Fique atento às oportunidades: o período turbulento irá passar, pois a economia é cíclica. Essas oportunidades podem ser tanto relativas a crescimento, como por exemplo: fusões, aquisições, ou mesmo mudança de segmento produtivo, localização estratégica da empresa ou criação de novas unidades, tanto no país como fora dele. Já para empresas em crise mais profunda, a oportunidade pode estar em uma grande reestruturação nos negócios, analisando-se diversos fatores, dentre eles, a margem de contribuição de seus produtos e a descontinuidade da linha. Se não for possível reverter os resultados, a diminuição nos custos, e, inclusive, a venda de ativos deve ser considerada, segundo Mara. Há, ainda, o benefício legal da recuperação judicial, que proporciona um “fôlego” nas finanças empresariais e que, se bem assessorado, pode colocar novamente a empresa “nos trilhos”, pois, permite a repactuação de suas dívidas junto aos credores para pagamento de acordo com a sua realidade, ou seja, segundo o seu fluxo de caixa.
Por outro lado, conforme explica Mara, sempre em momentos de crise podem ocorrer excelentes oportunidades para gestores e suas empresas que estão em consonância e preparados para crescimento, bem como aqueles que conseguiram superar o estigma da “empresa estressada”. “Diariamente, surgem oportunidades de negócios, muitos deles oriundos até de seus próprios concorrentes que não buscaram a ajuda para superar a crise, quer seja comprando parte de seus ativos por preços atrativos, ou mesmo aproveitando brechas no mercado oriundo do mau atendimento ou da falta de qualidade dos produtos de seus concorrentes”, destaca Mara. Sempre que uma empresa quebra, abre espaço para outra tomar o seu lugar e crescer. “Então, esteja preparado para ocupar esse espaço”, finaliza a especialista.
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Fonte: Portal Administradores
Data: 20/08/2017
Hora: 18h01
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