"TI merece a desoneração", defende um dos economistas mais influentes do Brasil

06/11/2017

Ricardo Amorim, um dos economistas mais influentes do Brasil no momento, afirmou ser favorável à manutenção da desoneração da folha de pagamentos para o setor de Tecnologia da Informação (TI), como forma de estimular o desenvolvimento de uma área "estratégica" com capacidade de "aumentar a produtividade de toda a economia”. O economista, que ficou conhecido como debatedor do programa Manhattan Connectionn (GloboNews) é hoje um dos palestrantes mais disputados no país.

A afirmação de Amorim foi feita dias depois do governo federal enviar ao Congresso Nacional o projeto de Lei 8456/17, que reproduz a proposta contida na MP 774. Conforme o texto, voltam a contribuir para a previdência social, com alíquota de 20% sobre a folha de pagamentos, as empresas do ramo de tecnologia da informação, “call center”, hoteleiro, comércio varejista e alguns segmentos industriais, como automóveis, que faziam parte de mais de 30 segmentos econômicos que tinham esse incentivo fiscal.

Essa foi a segunda grande reviravolta na situação: o setor de TI já havia sido reonerado e desonerado nos últimos seis meses.

"Ter um setor de TI forte significa aumentar a competitividade de toda a economia brasileira", resume Amorim, para quem os planos de tributação do governo fazem parte de uma "inversão de valores" na qual setores que agregam mais valor tem seu desenvolvimento atrasado por uma tributação superior a setores que agregam menos.

Uma defesa dessas vinda de Amorim, eleito em 2015 pela revista Forbes uma das 100 pessoas mais influentes do Brasil e escolhido pelo LinkedIn como o maior influenciador do país pode ser uma injeção de ânimo para o setor de TI na luta para escapar da oneração.

A alegação do governo federal é que a medida, inicialmente prevista para quatro setores e depois ampliada até 50, gerou uma renúncia fiscal bilionária, sem produzir resultados mensuráveis.

Na primeira reviravolta, o setor de TI havia feito uma mobilização sem precedentes para  provar o teor estratégico da política, incluindo um corpo a corpo intensificado em Brasília por meio das entidades (Fenainfo, Abes, Assespro e Brasscom), e, de forma bem chamativa, uma entrevista coletiva dos CEOs da Stefanini, Totvs, BRQ e Resource, quatro das maiores empresas de TI do país, defendendo a desoneração.

A ação de lobby foi coroada com uma vitória em junho, quando o Senado, ao converter a medida provisória do governo em um projeto de lei, incluiu de volta entre os setores desonerados sete áreas, incluindo a TI.

Em agosto, no entanto, o governo federal revogou a medida provisória, tornando sem efeito a redação posterior que voltou a incluir o setor de TI. E por último, no final de outubro, voltou com força total pela reoneração de todos os setores.

Para Amorim, é ilusão acreditar que o setor vai ganhar força, sem ganhar participação na economia. Por outro lado é difícil imaginar que ele vai ganhar uma participação na economia muito acelerada sem que medidas que possam tornar o setor mais competitivo sejam tomadas. 
O economista destaca ainda que uma quebra do ciclo poderia vir de governantes que "entendam a importância estratégia do setor”.

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Fonte: Baguete
Data: 03/11/2017
Hora: 09h42
Seção: Notícias
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