Precursor no uso de drones, em suas atividades, o Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) virou referência para outros estados e países. O uso deste equipamento em casos de afogamentos e em resgates de pessoas em áreas de difícil acesso pela corporação carioca chamou a atenção do Corpo de Bombeiros de Los Angeles, na Califórnia, que vieram à cidade maravilhosa para trocar experiências.
De acordo com o tenente-coronel Rodrigo Bastos, responsável pela Coordenadoria de Operações com Veículo Aéreo Não Tripulado do Corpo de Bombeiros, as aeronaves não tripuladas permitem a realização de uma ação rápida e com baixo custo.
"As principais vantagens são a agilidade, já que você pode transmitir as imagens em tempo real para qualquer lugar da cidade e o baixo custo da operação em comparação com os gastos feitos em uma aeronave. Por exemplo, em desabamentos a gente consegue percorrer a aérea mais rápido e com mais segurança para fazer a primeira varredura do local", explicou.
O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro foi o primeiro do Brasil a possuir uma coordenadoria específica para o uso de drones em operações. No momento, a corporação possui três drones que são usados em treinamentos e quatro que são usados nas mais diversas ações.
O tenente-coronel disse que os equipamentos já servem de apoio tanto para atividades de resgates e combates a incêndios.
"Em incêndios nós fazemos imagens aéreas e conseguimos observar o local mais seguro para o bombeiro entrar. Utilizamos em buscas em matas, em busca no mar e também apoiamos a corporação em salvamentos em altura levando equipamentos para a equipe", afirmou o bombeiro brasileiro.
Rodrigo Bastos comentou que até campanhas de combate ao mosquito Aedes Aegypti já foram feitas com o uso de drones.
A aplicabilidade do uso dos drones pelo Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro chamou a atenção do Corpo de Bombeiros de Los Angeles, na Califórnia. As duas corporações trocaram informações e experiências sobre novos equipamentos no que, segundo o tenente-coronel Rodrigo Bastos, pode ser o início de uma parceria de sucesso.
"Eles também trouxeram uma boia que é controlada por controle remoto, então você consegue chegar até o afogado controlando por fora d'água. E nós apresentamos nossas operações com o uso de drone. Então essa foi uma conversa inicial, a gente ainda não teve um segundo momento, a gente ainda está querendo viabilizar essa troca de informações com os bombeiros de Los Angeles", disse Rodrigo Bastos.
O assistente do Corpo de Bombeiros de Los Angeles, Fernando Boiteux, que veio ao Brasil para o encontro, considerou o intercâmbio muito positivo.
"Nós tínhamos contato por um grupo de Whatsapp e sabíamos que o pessoal aqui do Rio estava usando drone. É um seguimento novo, está começando aqui também e o uso desse tipo de equipamento vai oferecer mais segurança para o nosso pessoal", disse o bombeiro norte-americano.
Um bombeiro que deseja manusear drones aqui no Rio de Janeiro precisa passar por uma formação interna com duração de 480 horas e após esse curso o profissional ainda vai operar com um supervisor por seis meses. Somente após esse período que ele será autorizado a manusear o equipamento de forma autônoma.
Texto com informações do site Sputnik News
Fonte: Sputnik News
Data: 25/01/2018
Hora: 17h49
Seção: Brasil
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