O sucesso de gigantes da tecnologia (Apple, Google, Facebook, etc) ajudou a disseminar a teoria de que boas ideias podem se transformar em negócios milionários. No entanto, o caminho não é tão simples quanto parece, e parte das empresas iniciantes não consegue se manter no mercado.
É o que revela pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Cerca de 30% das startups analisadas encerraram as atividades no último ano.
A pesquisa foi realizada com empresas participantes do programa de aceleração de negócios Inovativa Brasil, do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.Foram ouvidas 1.044 empresas, principalmente de Tecnologia da Informação e da Comunicação (31%), Desenvolvimento de Software (21%) e Serviços (18%).
As companhias entrevistadas apontaram como principal motivo para o fechamento a dificuldade de acesso a capital (40%), obstáculos para entrar no mercado (16%) e divergências entre os sócios (12%).
Empresas aceleradas
A pesquisa identificou desempenho melhor em companhias “aceleradas”. Entre estas, o percentual das que encerraram as atividades fica em 15%, metade da média geral. O acesso a investimentos, entretanto, permanece um desafio importante. Apenas 22% das startups beneficiadas pelo programa receberam aportes privados.
Neste universo, a forma de investimento mais comum é aquela realizada pelo que é chamado de “anjo” (73%), seguida por aceleradoras (29%) e por fundos de investimento de venture capital (14%).
Das participantes do levantamento, 24% informaram ter recebido algum tipo de recurso público de fomento. As principais origens são linhas de fundações estaduais (13%), editais de inovação para a indústria (7%) e do Sebrae (6%).
Apoio governamental
Segundo o diretor de Inovação do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, existem outras políticas públicas de apoio a startups no país. Um exemplo é o programa Startup Brasil, promovido pelo Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e a criação de um fundo de coinvestimento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com investidores anjos para ampliar os recursos para investimento.
Texto com informações do Agência Brasil
Fonte: Agência Brasil
Data: 22/02/2018
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Seção: Notícia
Autor: Jonas Valente
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Link: http://agenciabrasil.ebc.com.br/pesquisa-e-inovacao/noticia/2018-02/pesquisa-mostra-que-30-das-startups-nao-conseguem-se-manter-no