Mulheres mais jovens aumentam sua participação em cargos gerenciais

08/03/2018

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira, 07/03, o estudo "Estatísticas de Gênero - Indicadores sociais das mulheres no Brasil”, que aponta a existência de uma grande disparidade entre homens e mulheres na gestão das empresas, embora as brasileiras tenham nível de formação superior ao dos homens. Em 2016, apenas 37,8% dos cargos gerenciais no país eram ocupados por elas. Por outro lado, o estudo também revela que a desigualdade entre homens e mulheres diminui quando a mulher é mais jovem, o que pode apontar um cenário positivo para as novas gerações. Os dados apurados mostram que a proporção de mulheres nos cargos gerenciais é de 43,4% na faixa etária de 16 a 29 anos em 2016, contra 31,3% no grupo de 60 anos ou mais.

A questão da faixa etária mais baixa ter indicativos melhores pode representar que esteja começando a refletir agora a questão da melhor formação educacional das mulheres em relação aos homens”, afirmou a pesquisadora da Coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE, Luanda Botelho.

Cenário de gênero e raça           

Outro ponto apontado pela pesquisa é de que a desigualdade de cargos gerenciais se acentua com relação ao grupo racial do candidato a uma vaga. Enquanto mulheres pretas ou pardas ocupam somente 34,5% dos cargos, com relação aos homens pretos ou pardos, as mulheres brancas apresentam um número superior, 38,5%, ao comparado com homens brancos.

Dupla jornada de trabalho         

O estudo mostra que a dupla jornada fica nítida para as mulheres que precisam se dividir entre os afazeres domésticos e o trabalho pago. Isso faz com que elas sejam obrigadas a aceitar, em alguns casos, trabalhos mais precários. O tempo parcial de trabalho, que mostra como carga horária é um diferencial na inserção de homens e mulheres no mercado de trabalho, aponta que as mulheres apresentam um percentual maior (28,2%) do que o de homens (14,1%).

Para ter acesse a pesquisa do IBGE, clique aqui.