Infraestruturas de pesquisa dos Brics se complementam, avalia secretário do MCTIC

13/03/2018

O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência Tecnologia Inovação e Comunicações (MCTIC), Álvaro Prata, afirmou que as infraestruturas de pesquisa dos países que formam o BRICs (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) têm características complementares, tendo, por exemplo, aceleradores de partículas, mas nem todos dispõem de telescópios de longo alcance ou instalações nucleares de alto nível. Pensando nisso, as cinco nações decidiram compartilhar suas infraestruturas de pesquisa. “Nós percebemos que os países se complementam em muitas coisas, porque cada infraestrutura tem uma particularidade”, explica o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTIC, Alvaro Prata.

“O Brasil possui o Observatório de Torre Alta da Amazônia [Atto] e a Rússia, o Observatório de Torre Alta Zotino [Zotto], na Sibéria, dois lugares críticos e estratégicos para estudar mudanças climáticas e a interação entre atmosfera e floresta. Outra questão é que os cinco países têm aceleradores de partículas, mas cada um tem a sua característica. E nós não temos, por exemplo, telescópios de longo alcance como o Salt [Grande Telescópio Sul-Africano], tampouco instalações nucleares do nível das russas”, completou.

As decisões do grupo de trabalho devem ser referendadas no 6º Encontro Ministerial de Ciência, Tecnologia e Inovação do Fórum de Diálogo dos Brics, em julho, na África do Sul. Sedes das duas primeiras reuniões, Brasil e Rússia lideram o subgrupo responsável pela construção da plataforma online. O encontro multilateral abriu a possibilidade de beneficiar com recursos do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), popularmente conhecido como banco dos Brics, os países que compartilharem suas infraestruturas, a fim de aperfeiçoar as instalações de pesquisa.

De acordo com Prata, o portal vai facilitar o acesso da academia e da indústria dos cinco países às infraestruturas, além de dar visibilidade à iniciativa. A África do Sul assumiu a responsabilidade de formular um plano estratégico até 28 de março, com detalhes em torno dos métodos de compartilhamento.

Texto com informações do Agência ABIPTI

Fonte: Agência ABIPTI
Data: 09/03/2018 
Hora:17h39
Seção: Governo
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