Nesta segunda-feira ,19, o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) apresentou os dados de uma pesquisa sobre aplicativos de smartphones usados para agendamento de consultas médicas. O estudo avaliou como é feito o tratamento dos dados de usuários de seis plataformas entre as mais populares no país (Doctoralia, BoaConsulta, Docway, Dokter, Doutor Já e Saúde Já) e constatou riscos às informações dos consumidores.
De acordo com o levantamento, essas plataformas não apenas intermediam a relação médico-paciente, mas também podem ser desenvolvidos para compartilhar informações com terceiros, possibilitar direcionamento de propagandas ao usuário e lucrar com oferta de cartões de compras de medicamentos e com a cobrança dos profissionais cadastrados.
Para o Instututo, por tratarem dados sensíveis dos usuários, é necessário que haja uma maior preocupação com relação à segurança da informação. Assim, é importante que os dados coletados se limitem ao mínimo necessário para a atividade da empresa e que ela se atente a práticas de armazenamento seguro dos dados, como anonimização e criptografia.
Em relação à disponibilidade e segurança das informações, a pesquisa avaliou os aplicativos conforme o preenchimento ou não de requisitos diversos, de acordo com diretrizes do Marco Civil da Internet e do decreto que o regulamenta, classificando-os como bom, regular ou ruim.
O advogado e pesquisador do Idec em direitos digitais, Rafael Zanatta, explica que essa "uberização da saúde" é preocupante, pois traz riscos quanto à perda de privacidade dos usuários. "Falta transparência sobre a coleta, tratamento e armazenamento das informações de pacientes e médicos, e isso mostra a urgência de uma Lei de proteção de dados pessoais pensada para o cidadão", diz.
Texto com informações do TI Inside
Fonte: TI Inside
Data: 19/03/2018
Hora: 21h20
Seção: Internet
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