A pesquisa global da consultoria Deloitte, com 1,6 mil executivos em 19 países, 102 deles no Brasil, teve como objetivo medir a preparação dos mercados para a chamada ‘indústria 4.0’. Em relação ao Brasil, a pesquisa descobriu que entre os empresários tem como maior preocupação a qualidade da mão de obra.
O líder Global de Consumer & Industrial Products da Deloitte, Tim Hanley, afirmou que “no Brasil, há um forte senso de preparação para endereçar as mudanças colocadas pela tecnologia na organização estrutural e nos empregados. Diferentemente de executivos globais, para quem talento e recursos humanos caem para o fim da discussão, 31% dos executivos brasileiros indicaram que a força de trabalho é um tópico frequente de discussão, comparado com 17% globalmente”.
Além disso, os brasileiros tendem a enxergar a tecnologia como um grande diferenciador. Segundo o executivo, “39% dos entrevistados no Brasil consideram a tecnologia como chave para a diferenciação competitiva, comparado com 20% de média global. Os executivos brasileiros também acreditam que suas organizações estão mais aptas a enfrentar desafios tecnológicos da indústria 4.0”.
Pela avaliação, no entanto, é possível perceber que o Brasil não está exatamente entre os líderes desse momento de modernização industrial. “É uma disputa muito competitiva, com China, EUA, Alemanha e vários outros países aportando investimentos significativos tanto públicos como privados na indústria 4.0. Esses países elevaram o foco de suas estratégias em políticas públicas, investiram no desenvolvimento de tecnologias avançadas, construíram a infraestrutura para suportar novos ecossistemas e investiram na força de trabalho de amanhã”, lembra Hanley.
Ainda segundo a Deloitte, os governos têm papel estratégico na criação do ambiente propício para os negócios serem competitivos local e globalmente. “Políticas e investimentos com foco em talento, inovação e infraestrutura, custos e energia são chave para a competitividade. Os governos também têm o importante papel de reunir iniciativas de colaboração público-privadas em tecnologias críticas que possam ter impacto na economia.” Outra avaliação é de que os empregos tendem a mudar, mais do que desaparecer.
Texto com informações do Convergência Digital
Fonte: Convergência Digital
Data: 24/04/2018
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Seção: Tecnologia
Autor: Luis Osvaldo Grossmann e Ana Paula Lobo
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