Mulheres representam apenas 30 por cento dos profissionais no setor de tecnologia

02/05/2018

Ao mesmo tempo em que se torna quase impossível viver sem tecnologia e acesso à informação, mais o mundo se aproxima de uma escassez de profissionais qualificados para produzir tecnologia. Estudos revelam que, em duas décadas, vão faltar quase 1 milhão de trabalhadores capacitados em Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). Um dos motivos para isso é a pequena participação das mulheres nesse segmento. Atualmente, elas representam apenas 30% das pessoas que trabalham no setor em termos globais. No Brasil, esse número é ainda pior, são somente 25% da força produtiva.

Numa tentativa de mudar esse quadro e incentivar as novas gerações de meninas a se interessarem mais pelo tema, a União Internacional de Telecomunicações (UIT) da Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Dia Internacional das Meninas nas TICs.  Realizado anualmente durante o mês de abril, o evento pretende quebrar paradigmas e mostrar por meio de palestras e oficinas que a área também pode ser interessante para as mulheres.

Rafael Barbugiani, diretor da escola de programação Happy Code, conta que, na maioria dos cursos, a participação é de 80% de meninos e 20% de meninas. “Apenas nas aulas de youtubers é 50% a 50%”, observou.

Já a ouvidora da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Amélia Regina Alves, afirma que, além dessas ações pontuais, é preciso inserir a disciplina TICs na grade curricular do ensinos fundamental e médio. “Temos que ampliar o debate”, comentou.

O setor cresce rapidamente e cria cerca de 120 mil postos de trabalho a cada ano. No entanto, apenas 3% dos talentos formados no Brasil são do gênero feminino e 41% das mulheres que atuam no segmento desistem da carreira. “Culturalmente essa área tem mais homem porque os meninos são incentivados a brincar de videogame e as meninas de boneca. Isso está mudando com o celular. Outra ideia errada é que tem que gostar de matemática. Não é só isso. Tem espaço para quem gosta de desenhar, criar games e aplicativos, ser youtuber”, enumerou a professora da Happy Code e aluna de ciências da computação na Universidade de Brasília (UnB) Annelise Schulz.

Fonte: CBSI
Data: 01/05/2018 
Hora: ------
Seção: ------
Autor: ------
Foto: ------ 
Link: https://www.cbsi.net.br/2018/05/mulheres-representam-apenas-30-dos.html