Depois de anos falando sobre internet das coisas (IoT) e as possibilidades que ela abre, o mercado agora está preparado e maduro o suficiente para levar a tecnologia até a casa dos consumidores em maior escala. Mas e a segurança desses dispositivos, a quem cabe essa responsabilidade?
A previsão é de que o número de dispositivos conectados ultrapasse os 38 bilhões em 2020. Ela vai impactar diretamente na vida das pessoas e nos negócios, modificando perfis de compra e hábitos de consumo. Por isso, é essencial garantir que governos e articuladores políticos adotem medidas adequadas em torno da segurança da IoT, aponta o relatório IoT Security for Policymakers, da Internet Society (ISOC), durante a reunião da Cúpula do Consumidor do G20, realizada na Argentina.
O relatório revela que o atual cenário desta tecnologia marca duas frentes de direitos e responsabilidades compartilhados. De um lado, os usuários de dispositivos inteligentes têm pouco ou nenhum conhecimento de segurança de IoT e, portanto, são menos exigentes em termos de segurança na compra e venda de um produto. Por outro, o desenvolvimento de segurança confiável é um processo lento e caro para os fabricantes, o que leva muitos deles a deixar a segurança em última estância.
Em muitos casos, acrescenta o estudo, há incerteza jurídica em torno da responsabilidade da segurança da IoT, o que dificulta a atribuição de responsabilidades ou compensação por danos. Da mesma forma, a IoT também apresenta desafios significativos no que tange à proteção da privacidade. O relatório da Internet Society descreve ainda os problemas e desafios da segurança e propõe recomendações para a regulamentação da IoT. Embora muitos dos desafios ainda sejam técnicos, os mais urgentes são de ordem social, econômica e legal.
“A economia favorece a fragilidade da segurança. Pressões competitivas para lançamentos de mercado, assim como por produtos mais baratos, fazem com que muitos projetistas e fabricantes de sistemas de IoT, incluindo dispositivos, aplicativos e serviços, dediquem menos tempo e recursos à segurança. Cabe a todos nós – articuladores políticos, empresas, membros da comunidade técnica e da sociedade civil – garantir que o impacto da IoT seja positivo”, afirma Raúl Echeberría, vice-presidente de Engajamento Global da Internet Society.
Cinco fatores-chave na segurança da IoT são apontados no relatório da ISOC e devem ser considerados pelos governos e agentes reguladores, são eles:
A IoT é evolutiva e ainda não há um consenso de padrões internacionais de segurança;
IoT não são apenas dispositivos, mas software, sensores, plataformas, conectividade, serviços, armazenamento. Todas estas camadas devem estar seguras;
Os sistemas de IoT devem ser protegidos contra riscos para outras redes e usuários (segurança externa), bem como riscos para seus usuários e ativos (segurança interna);
Os sistemas de IoT vulneráveis ??podem ser comprometidos de qualquer lugar e usados ??para atacar qualquer pessoa;
Segurança é um processo contínuo. Os sistemas de IoT devem ser mantidos para permanecerem seguros.
Texto com informações do Convergência Digital
Data: 17/05/2018
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Seção: Internet Móvel
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