Com chip embutido, bola da Copa do Mundo terá tecnologia como diferencial

Ela estará presente em todos os jogos da Copa do Mundo Fifa 2018 e faltando um pouco mais de 15 dias para o início da maior competição de futebol do planeta, a bola do mundial já desperta a atenção dos mais apaixonados pelo esporte.

Batizada de Telstar 18, a bola da competição recebeu nesta segunda-feira, 28, o “selo de aprovação” do laboratório suíço Empa, que há 22 anos realiza os testes para a Fifa. A redonda voltou às origens e vai desfilar pelos gramados da Rússia nas cores preto e branco. Ela não é feita de hexágonos tradicionais e pentágonos, mas de elementos irregulares com impressões assimétricas e possui ótima visibilidade quando está girando. A responsável por desenvolver o acessório foi a empresa Adidas, que se inspirou na bola utilizada no Mundial de 1970, no México. 

A Telstar 18 ainda é a primeira bola com chip embutido e poderá ser monitorada em tempo real por meio do NFC (transmissão de dados por aproximação), o que a torna a mais inovadora de Copas do Mundo até hoje. O chip funcionará como um código de barras, e a Fifa conseguirá ter todos os dados reais da bola, como deslocamento, velocidade, posicionamento global.

Segundo Bruno Almeida, Relações Públicas da Adidas, quem ganha com isso é o torcedor uma vez que o chip foi desenvolvido para que o consumidor possa interagir com a bola diante de um smartphone.

De acordo com a empresa, essa experiência personalizada inclui reconhecimento de localização, apresenta detalhes específicos de cada bola e proporciona acesso a desafios e concursos de destreza futebolística aos quais os usuários poderão se inscrever antes do início do mundial.

Toda vez a bola da Copa é uma surpresa. A verdade é que ela passou por uma verdadeira evolução tecnológica ao longo dos anos. Se as primeiras encharcavam a ponto de dobrarem seu peso em partidas debaixo de chuva, agora as bolas mais modernas são testadas em laboratório e absorvem apenas 0,8% de água, uma quantidade bem abaixo do limite permitido pela Fifa. A da Alemanha, por exemplo, foi a primeira bola sem costura.

As inovações e os processos de testes para chegar a uma bola perfeita são tantos que o processo de criação tem que começar bem antes. Você acredita que a bola que vai ser usada na Copa de 2022, no Catar, já começou? E Bruno Almeida avisa, “é um segredo total”.