No Brasil, apenas 10% dos jovens entre 15 e 17 anos têm formação técnico-profissional. Enquanto isso, em países como Japão e Finlândia esse índice é sete vezes maior. “É preciso mudar a matriz, ver a educação como fator principal da competitividade”, disse o diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Rafael Lucchesi.
A capacitação dos trabalhadores para atuar em um modo de produção diferente do atual é o principal obstáculo para o Brasil embarcar na onda da indústria 4.0. Enquanto algumas profissões devem ser extintas, outras vão exigir um tipo diferente de formação e de treinamento, sem necessariamente a obrigatoriedade de uma faculdade.
Dados do Ministério do Trabalho mostram que o profissional de nível técnico pode alcançar uma remuneração até maior do que a de determinadas áreas que exigem formação superior.
Segundo Rafael Lucchesi, o Brasil não pode errar mais. "Já ficamos para trás na transformação que houve na terceira revolução industrial, a da microeletrônica”, afirmou.
De acordo com um levantamento da CNI, 77,8% das empresas ainda estão nos estágios mais atrasados de aplicação de tecnologia. Em metade delas, o uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC) é apenas pontual. A outra metade está um passo adiante, usando as TICs, mas com integração de apenas algumas áreas. No estágio seguinte, no qual a integração de áreas é total, estão 20,5% das indústrias pesquisadas. E apenas 1,6% está na fronteira, com integração digital total e uso de inteligência artificial.
Texto com informações do site Convergência Digital
Data: 03/07/2018
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Seção: Carreira
Autor: Ana Paula Lobo
Foto: Reprodução
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