Depois de dois anos estagnado, o Brasil ganhou cinco posições no ranking mundial de inovação elaborado pela Universidade de Cornell, pela escola de negócios Insead e pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI). O país passou do 69º para o 64º lugar, entre 126 países listados.
De acordo com o estudo, a melhora do índice brasileiro se deu principalmente por gastos com P&D, importações e exportações líquidas de alta tecnologia; qualidade de publicações científicas; e universidades, especialmente as de São Paulo (USP), Campinas (Unicamp) e Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O avanço, no entanto, não coloca o país nas três primeiras posições da inovação na América Latina, que segue com o Chile na primeira posição regional, seguido da Costa Rica e do México. Ainda segundo o ranking, o país decepciona na formação de cientistas e engenheiros, no crédito, investimento, produtividade e criação de novos negócios, de acordo com o estudo. A classificação foi divulgada nesta terça-feira, 10/07, em Nova York.
A China aparece pela primeira vez na lista das 20 principais economias mais inovadoras, sendo a primeira economia em desenvolvimento a ocupar os primeiros lugares do ranking, ao passo que a Suíça se mantém na primeira colocação mundial. Completando a lista dos 10 melhores classificados estão: Países Baixos, Suécia, Reino Unido, Singapura, Estados Unidos da América, Finlândia, Dinamarca, Alemanha e Irlanda.
Este ano, a classificação da China em 17º lugar representa um avanço para uma economia que vivencia a rápida transformação guiada por uma política governamental que prioriza a pesquisa e o intenso desenvolvimento da engenhosidade. De outro lado, os Estados Unidos caem para a sexta posição.
“A rápida ascensão da China reflete uma direção estratégica definida pela liderança principal para desenvolver a capacidade de nível mundial em inovação e para orientar a base estrutural da economia para setores mais intensivos em conhecimento que dependem da novação para manterem sua vantagem competitiva”, afirma o diretor-geral da OMPI, Francis Gurry. “Anuncia a chegada da inovação multipolar”, acrescenta.
América Latina e Caribe
Entre os países latino-americanos, o Chile é o mais bem classificado, no 47º lugar do IGI neste ano. Os chilenos se destacam nos quesitos de qualidade regulatória, matrículas no ensino superior, acesso a crédito, empresas que oferecem treinamento formal, abertura de novas empresas e fluxos de entrada e de saída de investimentos externos diretos.
A Costa Rica está na 2ª posição na região. Destaca-se em gastos com educação, acesso a crédito, produção por trabalhador, valor pago por uso de propriedade intelectual, exportações de informações e serviços de tecnologia da comunicação, além de mídia gráfica e outras mídias. O México, que ficou na 3ª posição da região, aparece nas 10 melhores classificações em facilidade de obtenção de crédito, fabricação técnica, importações e exportações técnicas líquidas, e exportações de bens criativos.
O ranking
O Global Innovation Index GII classifica 126 economias com base em 80 indicadores, que vão desde as taxas registro de patentes até a criação de aplicativos para smartphones, gastos com educação e publicações científicas e técnicas. São levados em conta dados sobre as instituições de cada país, sobre capital humano e pesquisa, infraestrutura, sofisticação do mercado e das empresas, além do desenvolvimento de produtos tecnológicos e criativos.
O índice é calculado pela PricewaterhouseCoopers (PwC) e tem o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Texto com informações do site Convergência Digital
Data: 10/07/2018
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Seção: Inovação
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Foto: Reprodução
Link: http://www.convergenciadigital.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=site&infoid=48414&sid=3