Empresas investem no bem-estar dos funcionários para ganhar produtividade, mostra estudo

11/10/2018

43% das empresas acreditam que programas de bem-estar oferecidos ajudam a reforçar sua missão e visão, 60% acreditam que eles ajudam a reter funcionários e 61% afirmam que melhoram a produtividade e os resultados financeiros. Os dados fazem parte de um novo estudo da consultoria Deloitte, que ouviu 11 mil líderes de RH e de negócios de empresas de 30 países.

As empresas vêm investindo no bem-estar dos funcionários não só como uma questão de reduzir seus custos em saúde, mas também como uma forma de melhorar a produtividade e desempenho financeiro.

"Quando olhamos as métricas do Brasil, vemos que as pessoas estão se sentindo cada vez mais sobrecarregadas. A preocupação com bem-estar apareceu de forma bastante significativa entre os entrevistados do país", disse Kelly Ribeiro, sócia de Consultoria Empresarial especializada em Capital Humano da Deloitte. 

De acordo com o relatório Tendências Globais de Capital Humano de 2018 – A ascensão da empresa social, um número cada vez maior de empresas no mundo repensa seus programas de recompensas e desenvolvimento dos funcionários, buscando ações que propiciem maior bem-estar. O estudou apontou que 92% dos executivos entrevistados indicaram a atenção com o bem-estar como uma questão importante para suas atividades profissionais no futuro. Por trás disto estão casos de sobrecarga (física e emocional), busca das pessoas por mais qualidade de vida e flexibilidade de trabalho (principalmente por parte dos millennials).

No entanto, há uma diferença entre o que as empresas investem em bem-estar e aquilo que os funcionários consideram uma política adequada. De acordo com o levantamento, 86% dos funcionários esperam trabalhar em horários flexíveis e 50% das empresas afirmam ter um programa para esta demanda. 67% dos entrevistados querem um escritório com design que propicie bem-estar das pessoas — algo que apenas 27% das empresas relataram fazer. Mais da metade (63%) gostaria de ter acesso a snacks saudáveis, algo que pouco mais de um terço (32%) das empresas oferece. 60% das pessoas gostariam de um programa de suporte mental, uma iniciativa promovida por 30% das empresas. 

Uma das principais mensagens do estudo é a de que as pessoas esperam empresas mais responsáveis. Do outro lado, as empresas têm procurado se reposicionar, motivadas por novas demandas, tecnologias e automação. "O lucro continua sendo importante, mas há uma ideia crescente de gerar lucro respeitando a comunidade, ouvir mais ativamente as tendências e percebendo o mundo na qual está inserida. Ser uma empresa mais social, mais parceira", diz Kelly Ribeiro.

*Com informações do Época Negócios

Data: 10/10/18
Hora: 6h08
Seção: Carreira
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