Falta infraestrutura de telecomunicações para o Brasil poder 'brincar' de Inteligência Artificial

11/10/2018

“Quando falamos de inteligência artificial, estamos tratando de algo que para se desenvolver precisa essencialmente de dados. Mas para garantir os dados que a inteligência artificial precisa, temos antes que garantir infraestrutura. E, no entanto, ainda estamos às voltas com o desenvolvimento de políticas que induzam a construção de redes em muitas áreas, especialmente àquelas com pouca população, mesmo que envolvem aplicações possíveis e desejáveis, como a agricultura”, afirmou o conselheiro da Anatel, Emmanoel Campelo, ao participar do evento global Huawei Connect, em Xangai.

Campelo foi um dos convidados do debate centrado no desenvolvimento da economia digital. E ao lado de atores envolvidos com o tema em países tão distintos como Tunísia e Inglaterra, destacou que em um segmento tão carente de mão de obra especializada, reforçada ainda mais com a mencionada economia digital, o Brasil ainda trabalha para garantir internet aos estudantes.

“Como falar de habilidades quando as escolas não têm internet de qualidade?”, provocou. A tarefa, insistiu, envolve governo e setor privado. O conselheiro destacou a importância de modernizar a legislação relacionada às telecomunicações. “Nossa legislação é de 1997, de quando não existiam smartphones. A internet traz novos desafios, a começar pelos reguladores precisarem de criatividade para atrair recursos para as telecomunicações. E hoje, quem não conseguir acompanhar o ritmo vai ficar ainda mais para trás", completou.

*Com informações do Convergência Digital

Data: 10/10/18
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Seção: Telecom
Autor: Luis Osvaldo Grossmann
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