Inteligência artificial e médicos serão uma “combinação poderosa”, afirma presidente da Novartis Brasil

22/10/2018

O desenvolvimento da tecnologia em boa parte dos setores trouxe, junto aos inúmeros avanços, uma dúvida: quais profissões/trabalhos poderão ser inteiramente automatizadas e quando isso deve acontecer. No entanto, na saúde a ameaça de ter os seres humanos completamente substituídos por máquinas e robôs parece não tem fundamento.

"Chegaremos ao dia em que a inteligência artificial irá suportar os médicos na tomada de decisão. A nossa visão é que o ser humano na direção, liderando processos, com o suporte da IA será a combinação que resultará na melhor decisão, seja para o paciente ou para o sistema de saúde", afirma o presidente do grupo farmacêutico Novartis Brasil, Alexandre Gibim.

Em se tratando de Brasil, Gibim analisa que ainda é cedo para falar sobre o uso de Inteligência Artificial em larga escala. "Isso porque a tecnologia só funciona bem quando existem bancos de dados robustos", explica. No entanto, o presidente da Novartis Brasil acredita que a Inteligência Artificial terá um papel fundamental para auxiliar os médicos a se manterem atualizados sobre as inovações que são geradas em segmentos como oncologia, por exemplo. "Com o número de publicações, eventos e estudos clínicos, é praticamente impossível hoje para um ser humano acompanhar toda a inovação", afirma. "Imagino que um dia o médico, cuidando de outro ser humano, terá acesso a um sistema de IA que apresentará a ele a literatura dos últimos cinco anos em relação ao perfil daquele paciente que ele está atendendo. Os sistemas de IA irão municiá-lo de informações e recomendações para que ele tome a melhor decisão."

De acordo com Gibim, outra tecnologia que promete revolucionar a saúde como conhecemos é o big data. "Hoje já existem algumas máquinas que estão substituindo o radiologista na leitura da imagem. Baseadas em big data, essas máquinas têm um banco de dados tão grande que já estão fazendo esse trabalho", explica o executivo. Para o Brasil poder “embarcar nessa jornada”, é preciso “melhorar muito a qualidade dos nossos bancos de dados”. “Precisamos equacionar e sistematizar a metodologia de captura de dados, enfrentando e inclusive regulamentando dilemas éticos, uma vez que estamos falando de dados de indivíduos”. Para Gibim, essa é “definitivamente a primeira jornada do país em big data”.

* Com informações da Época Negócios

Data: 19/10/18
Hora: 2h01
Seção: Notícias
Autor: Bruna Castro
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