O WhatsApp está no centro das discussões sobre a disseminação de fake news (notícias falsas) envolvendo as eleições no Brasil. Na última semana, Chris Daniels, vice-presidente do Whats App, citou o que a plataforma de mensagens vem fazendo para impedir a disseminação de notícias falsas no paí.
“O desejo de disseminar e consumir informação sensacionalista e nociva precede a internet, e a internet com certeza torna isso mais fácil. A informação – tanto boa quanto ruim – pode viralizar no WhatsApp mesmo com os limites que criamos, então temos a responsabilidade de ampliar o bom e mitigar o mau”, diz Daniels, em referência ao limite de 20 pessoas como destinatários de mensagens encaminhadas, implementado em julho.
Entre as outras medidas tomadas recentemente pelo Whatsapp para “combater a desinformação no Brasil”, estão:
- A remoção de “centenas de milhares” de contas pela prática de spam, com o uso de inteligência artificial;
- Sinalizar as mensagens que são encaminhadas, para que os leitores saibam que ela não foi escrita pelo remetente;
- Dar aos administradores maior controle sobre os grupos. Agora os administradores podem decidir quem pode enviar mensagens, por exemplo, e impedir que pessoas que foram removidas diversas vezes de um mesmo grupo possam retornar a ele;
- Trabalho em conjunto com projetos de checagem de fatos, como a Aos Fatos e o Projeto Comprova, que reúne 24 veículos jornalísticos brasileiros;
- Promoção de conscientização do público por meio de campanhas como a “Compartilhe fatos, não rumores”, projetada para alcançar 50 milhões de brasileiros. A campanha ajuda a identificar fake news;
- Colaboração com as autoridades. Segundo o Whatsapp, já houve atuação em conjunto com “1,4 mil policiais, procuradores e autoridades judiciais” em 10 cidades e 600 autoridades de cortes eleitorais, atendendo a pedidos de informações durante investigações – o que não inclui o conteúdo das mensagens, que é protegido por criptografia de ponta a ponta. "No entanto, a informação limitada que podemos conceder ajudou a prevenir e solucionar crimes", diz a nota assinada por Chris Daniels.
* Com informações da Época Negócios
Data: 19/10/18
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