Uma pesquisa global realizada pela norte-americana Rimini Street mostra que os executivos brasileiros e argentinos compartilham o mesmo dilema: de onde virão os investimentos para inovação? O levantamento “O Estado da Inovação em TI” revela que 98% dos respondentes na América do Sul disseram estar preocupados, muito preocupados ou extremamente preocupados com o assunto.
Brasil e Argentina também aparecem juntos quanta à certeza de que os investimentos em inovação deveriam ser maiores, 88% dos entrevistados nesses dois países acreditam nisso. Globalmente, 89% dos executivos têm essa opinião.
No entanto, há um índice alto de incerteza sobre a origem dos recursos para a inovação. 71% apontaram que a obtenção de recursos é ponto crítico. No caso brasileiro, a pesquisa destaca que o “custo Brasil” acaba por direcionar recursos para outras áreas que não a inovação. Mas há outros pontos levantados, como falta de apoio da direção das companhias, e alto custo para sustentação da operação base da empresa.
De acordo com Edenize Maron, General Manager Latin America da Rimini Street, é preciso “oxigenar a área de TI”, que costuma estar sufocada. A tradução para isso, no caso das empresas brasileiras, não é só “transformação digital”. É preciso uma mudança no ecossistema, na estrutura de negócios do país: é preciso reduzir o peso da burocracia e da carga tributária, que tiram o sono dos gestores, reduzem recursos de TI e achatam as possibilidades de investimentos em inovação. O custo Brasil sai caro para a inovação.
* Com informações do IP News
Data: 25/10/18
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Seção: Destaques
Autor: Jackeline Carvalho
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