Mais notíciasO Brasil deve chegar em 2020 com uma carência de cerca de 750 mil profissionais qualificados para atuar na área de tecnologia da informação (TI) caso o país não intensifique programas para mudar esse quadro, aponta Softex e Brasscom. Isso é se torna ainda mais preocupante visto que, segundo o IBGE, há mais de 12 milhões de pessoas desempregadas no país.
De acordo com a ABStartups, cerca de 20% dessas oportunidades de emprego são especificamente para o mercado digital, que hoje já conta com mais de 5000 startups. Além disso, até 2020, mais de 70% das empresas que figuram no relatório da revista Fortune das 500 pequenas e médias empresas serão compostas por startups.
Esse crescimento acentuado do mercado digital exige uma mão de obra específica e qualificada, que a educação tradicional não tem conseguido formar. Esse descompasso gera um enorme prejuízo para o país, que acaba ficando para trás na corrida pela produtividade, inovação e transformação digital, fatores cruciais para o desenvolvimento.
A realidade do ensino superior no Brasil mostra bem esse cenário: todo ano mais de 900 mil alunos abandonam a faculdade de acordo com dados do Guia do Estudante, e 85% dessa evasão é exatamente em cursos de tecnologia, revela o MEC (Ministério da Educação).
Entre as possibilidades do porquê isso acontece está a qualidade e efetividade de fazer um curso superior. Segundo o Mundo Vestibular, quem se forma na graduação leva pelo menos 2 anos pagando seu salário para obter o retorno do investimento.
Segundo Guilherme Junqueira, CEO da Gama Academy – startup de educação que seleciona e treina profissionais para o mercado digital – “a educação tradicional ainda segue a lógica de atividades lineares, de departamentos segmentados, processos repetitivos e produção previsível. Contudo, o mercado digital segue uma lógica contrária: não linear, com equipes multidisciplinares, trabalho multiconectado e escala exponencialmente imprevisível.”
Atualmente, o Brasil tenta reverter essa situação com iniciativas de educação que forme profissionais com o mindset voltado para o digital. A Gama Academy, por exemplo, promove o Gama Experience, um programa inovador para profissionais das áreas de marketing, vendas, design e desenvolvimento (cerca de 80% das vagas no mercado digital são para essas quatro áreas, de acordo com mapeamento de vagas da própria empresa).
Após três anos de atuação quase exclusiva em São Paulo, em 2019 o programa chega em 6 capitais brasileiras: Belo Horizonte, Florianópolis, Curitiba, Goiânia, Recife e São Paulo. Em uma experiência imersiva, gamificada e de alta performance, o programa tem um índice de empregabilidade de 90% em até três meses depois de formado.
Segundo Junqueira, “é preciso correr para formar esses profissionais para o mercado digital. Há muita demanda e o Brasil só se tornará realmente desenvolvido quando tiver capacidade competitiva em tecnologia e inovação. Isso só será possível por meio de profissionais com a capacitação adequada para realizar tal transformação”.
*Texto com informações do Dino, Divulgador de Notícias
Data: 12/02/19
Hora: 13h51
Seção: Notícias
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Link: https://www.terra.com.br/noticias/dino/brasil-pode-chegar-a-um-deficit-de-750-mil-profissionais-qualificados-em-tecnologia,58d249c129342700e84011a32e1b1178dqlkvo99.html
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