A liderança de TI está mudando quase tão rapidamente quanto a própria tecnologia.
Transformar ou melhorar as operações dos negócios é hoje a principal missão dos CIOs, segundo a pesquisa CIO Survey, realizada pela Deloitte. Em seguida, os líderes de tecnologia ao redor do mundo consideram que impulsionar a receita e o resultado faz parte de seu papel, enquanto que os representantes nacionais veem a redução dos custos operacionais e/ou de produção como segunda missão mais importante de seu trabalho.
A 3ª edição do estudo ouviu 1.437 líderes de tecnologia de empresas no mundo todo, de 23 setores econômicos. Deste total, 124 profissionais brasileiros. À luz da Transformação Digital, o profissional de TI espera destinar uma parcela maior de seu tempo (dos 37% atuais para 72% idealmente) a se tornar um cocriador de negócios, indo além das funções de operador confiável e de instigador de mudanças.
Outro dado que chama a atenção no levantamento é que 40% dos respondentes lideram o desenvolvimento da estratégia digital, globalmente. Por sua vez, no recorte Brasil, apenas 26% estão à frente dessa estratégia.
"No Brasil há ainda um longo caminho a percorrer, como o dado de que o CIO não lidera, na maior parte das empresas, a estratégia digital. Creio que, antes de tudo, exigirá uma mudança de cultura e um protagonismo maior do profissional, que deverá aliar seu conhecimento técnico a uma visão mais holística do negócio”, explica Fabio Pereira, sócio da área de Consultoria em Tecnologia e líder do programa de CIO da Deloitte.
Confira a seguir os principais resultados identificados pela pesquisa.
1.Força do capital humano em TI
Construir equipes de alto desempenho e entregar uma grande mudança organizacional estão entre as principais habilidades necessárias para o sucesso do CIO no futuro. Esse resultado indica que os CIOs esperam atuar de forma ainda mais abrangente e integrada com outras áreas para o fortalecimento da estratégia de negócios da organização.
2. Integração dos investimentos
Em menos da metade das empresas pesquisadas no Brasil as áreas de negócios e de TI possuem processos conjuntos de investimentos. Entre os executivos entrevistados no País, apenas 38% indicaram ter processos de investimento em TI bem definidos. Esse resultado indica que os CIOs têm a oportunidade de serem mais diligentes no estabelecimento da governança do investimento em tecnologia. Apesar dos desafios do cenário econômico brasileiro, 40% dos entrevistados no Brasil esperam aumentar o seu orçamento destinado a inovação.
3. Novo perfil para o líder de tecnologia
Para conduzir a transformação da área de TI e assumir um papel mais estratégico e integrado na organização, novas habilidades – como flexibilidade cognitiva, inteligência emocional e criatividade tendem a ser as mais buscadas pelas lideranças nos próximos três anos. Isso indica um papel mais negociador e com foco nas habilidades pessoais para que o profissional de TI possa potencializar o ganho técnico advindo com os novos sistemas e processos.
4. Modernizar para inovar
A modernização dos sistemas legados de Enterprise Resource Planning (ERP) para novas gerações é a principal área de foco em relação a plataformas corporativas entre as organizações entrevistadas no Brasil. Este foco na modernização dos ERPs existentes é importante para que as empresas possam obter agilidade para inovar e escalar. No entanto, os CIOs devem expandir seus esforços de modernização considerando iniciativas de digitalização de finanças, de redes de suprimento digital e de serviços globais do negócio.
5. Tecnologias emergentes
As tecnologias emergentes nas quais os CIOs mais pretendem investir nos próximos três anos são inteligência artificial, Internet das Coisas e automação robótica de processos.
* Texto com informações do Portal CIO
Data: 26/02/19
Hora: 8h35
Seção: Tendências
Autor: ———
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Link: https://cio.com.br/cio-assume-o-papel-de-cocriador-de-negocios-diz-deloitte/