Portal do Software Público busca afirmação no mercado de TI

16/01/2009

Após um mês, a pesquisa realizada pelo Ministério do Planejamento sobre o impacto do Software Público na sociedade brasileira conta com a adesão de 200 participantes. Segundo a Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI), com as primeiras informações, já é possível constatar alguns fatos:

"Cerca de 95% indicariam o Portal para outras pessoas; existe o interesse dos participantes em compartilhar o conhecimento e as soluções de maior interesse são o CACIC (solução de inventário computacional desenvolvido pela Dataprev), e o GINGA (futuro Middleware de códiho aberto que permitirá a interatividade no Sistema Brasileiro de TV Digital)."

Porém, os coordenadores do Portal do Software Público estão fazendo um apelo para que mais inscritos responsam à pesquisa. "É importante contar com a mobilização de cada participante do Portal, pois de acordo com estudos realizados no Canadá serão necessárias em torno de 600 respostas para que a amostra da pesquisa seja representativa", destaca a SLTI.

A coordenação do Portal informa que os participantes têm até o dia 16 de março deste ano para respondê-la. Para acessar a pesquisa basta entrar com seu usuário e senha do Portal no endereço http://www.softwarepublico.gov.br/pesquisas.

Estudo
Entre os dias 02 e 12 de janeiro o coordenador do Portal do Software Público Brasileiro, Corinto Meffe, esteve na cidade de Ottawa, no Canadá, para participar de uma atividade referente à pesquisa sobre as implicações do Software Público para a sociedade brasileira. A visita gerou como resultado mais um artigo acadêmico publicado sobre o tema.
O trabalho desenvolvido no Canadá faz parte da pesquisa coordenada pela professora Christiana Freitas, da Universidade de Brasília-UNB, com a participação de Conrinto Meffe e será impresso em um livro: "Economia do Conhecimento Compartilhado: A avaliação do software público no Brasil".

Um dos principais objetivos da pesquisa realizada no Canadá é o de sustentar a defesa da tese dos benefícios que o bem público software pode gerar para a sociedade. "O software é um bem recente", e segundo analisa Meffe, a fundamentação jurídica para defender a prestação de serviços para a sociedade com base no bem software ainda é insuficiente.

O resultado da pesquisa também vai enriquecer o conteúdo do RoadMap 2020, publicado em Paris no ano passado. A intenção será acrescentar na revisão deste ano, prevista para o RoadMap 2020, a defesa do software como um bem público. O material publicado em português pode ser obtido no endereço http://www.softwarepublico.gov.br/estudo-sob .

Capital Intelectual
Nesse estudo foi detectado um fato importante. Segundo seus autores, novos usuários estão constantemente se associando ao Portal do Software Público Brasileiro. Em outubro de 2008 havia 29.000 usuários registrados. Ao longo de um período de dois meses, três mil novos usuários realizaram seus cadastros. Esse fato aponta uma média de 1.500 novos usuários por mês.

"Muito embora o ingresso constante e significativo de novos usuários formais no Portal seja observado, alguns fatores limitam a contribuição dos participantes no processo efetivo de produção de conhecimento compartilhado. Quando se analisa o número de usuários que realmente contribui para o desenvolvimento compartilhado de soluções, a conclusão é de que a participação não é tão elevada quanto se esperava e não inclui dois terços dos usuários formalmente cadastrados.", aponta o estudo.

Uma das razões para isso - segundo os autores - é o fato de que muitos atores nesta rede social "não têm suficiente capital tecnológico-informacional acumulado para habilitá-los a participar. Este cenário leva-nos à conclusão de que as iniciativas para promover a inclusão digital precisam ser associadas a outros programas governamentais como o discutido neste trabalho", destacaram.

Site: Convergência Digital
Data: 15/01/2009
Hora: 16h57
Seção: Gestão
Autor: Luiz Queiroz
Link: http://www.convergenciadigital.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=17416&sid=16