Estudo mostra o que as empresas esperam de 2009

22/01/2009

Empresas privadas de capital fechado em todo o mundo esperam um aumento menor em suas exportações (cerca de +4%), poucas oportunidades de ampliação da receita (+11%) e no volume de vendas (+14%), porém, uma leve queda na rentabilidade (-5%) nos próximos 12 meses. Os números globais escondem grandes variações entre as diferentes economias. Essas informações são provenientes da pesquisa Grant Thornton Business Report, da auditoria Grant Thornton International, que avaliou mais de 7.200 empresas privadas de capital fechado, em 36 países.

Em relação ao incremento da receita, alguns países continuam a ter grandes expectativas, como é o caso do Vietnã (+91%), da Índia (+71%), de Botsuana (+70%), da África do Sul e da Armênia (ambos com +54%). Outros já temem o pior, a exemplo de Hong Kong (-48%), de Taiwan (-44%), do Japão (-23%) e da Espanha (-21%). Como não é de surpreender, esses números apontam uma significativa tendência de baixa em relação ao ano passado, com uma queda de mais de 50% sobre as expectativas de ganhos, mesmo em economias que ainda esperam crescer.

Na América Latina, os empresários estimam uma ampliação de +30% da receita, o que representa um decréscimo de -45% em relação a 2008. Dentre os países pesquisados, o México e o Brasil obtiveram maior destaque nesse quesito e preveem um crescimento de +41% e +36%, respectivamente. Já a Argentina calcula um acréscimo de -5% e o Chile de -6%.
Quando a questão é a expectativa de exportação, a região AL espera um aumento de +4%, ou seja, uma estimativa de -17% quando comparada ao ano anterior. Nesse aspecto, o Brasil se destaca com uma previsão de +8% de crescimento nesse segmento. No México esse dado é +3%, na Argentina -4% e no Chile -3%.

De acordo com Mauro Terepins, presidente da Terco Grant Thornton, subsidiária brasileira da Grant Thornton Internacional, as empresas de capital fechado deveriam focar, no curto prazo, na redução de custos e no aumento da produtividade. Decisões em torno do fortalecimento dos balanços por meio de cortes ou atração de novo capital devem vir após a melhoria da conjuntura econômica. Empresas privadas de capital fechado, também, devem estar atentas para oportunidades de compra de ativos a bons preços, mas apenas quando esse fato se encaixar com os objetivos estratégicos a longo prazo.

“Ninguém pode prever quando esse cenário mudará, mas temos certeza de que o ambiente comercial nacional e internacional estará bem diferente. A chave do negócio, nesse momento, é desenvolver um plano de negócios que seja continuamente revisado e ajustado de acordo com as circunstâncias”, afirma Terepins.

O Grant Thornton Business Report é uma avaliação anual do ponto de vista dos executivos das empresas privadas de capital fechado em todo o mundo. Lançado em 1992 em nove países europeus, esse relatório agora analisa mais de 7.200 companhias de 36 economias, com dados regionais e globais sobre fatores econômicos e comerciais que afetam os setores conhecidos como os motores do mundo. Site: www.internationalbusinessreport.com.

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Data: 20/01/2009
Hora: -------
Seção: Pesquisas
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Link: http://www2.uol.com.br/canalexecutivo/notas09/200120094.htm