Acesso à tecnologia 3G vai se expandir na AL

17/02/2009
Reuters Segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009 - 17h40

BARCELONA - O número de usuários de 3G continuará a crescer na América Latina, apesar da crise econômica.

Hoje em dia, existem 41 redes de terceira geração de telefonia celular nos países da América Latina, mas muitos deles só contam com cobertura local.

"Há 455 milhões de usuários de telefone celular na América Latina , mas pouco mais de 1% deles usam as novas aplicações", disse Erasmo Rojas, chefe para a América Latina e Caribe da associação 3G Américas.

"A demanda dos clientes corporativos e privados, no entanto, segue crescendo", acrescentou, em entrevista à Reuters.

As grandes operadoras, depois de recuperarem os investimentos feitos em suas redes de segunda geração, lideram a implantação das redes 3G na América Latina.

A América Móvil, principal operadora da América Latina e dona da brasileira Claro, oferece serviços 3G em 13 mercados, incluindo Brasil, México, Colômbia, Argentina e Chile.

A Telefónica, que controla 50 por cento da Vivo, por sua vez, dispõe de redes 3G em seis países, apesar de já ter feito testes em todos eles e de contar com a experiência da nova tecnologia na Europa.

Segundo a consultoria Informa Telecom & Media, no final de 2008 havia 5 milhões de clientes de terceira geração na América Latina, cifra ainda modesta comparada aos mais de 15 milhões de aparelhos 3G na Espanha, por exemplo.

"No México, só existem redes em algumas áreas urbanas, mas está previsto que neste semestre sejam leiloadas novas licenças para redes de terceira geração, o que deve impulsionar a oferta de novos serviços de Internet móvel em um mercado de 109 milhões de habitantes", disse Rojas.

Um dos mercados mais desenvolvidos para a terceira geração é o Brasil, que concentra 40 por cento dos usuários de banda larga em telefonia móvel da região.

"Precisamos de terminais mais baratos e talvez com aplicações menos sofisticadas. Mas creio que a indústria já está dando um passo nesta direção", afirmou.

O executivo da 3G Américas afirmou que os preços atuais, de algo como 500 dólares por um smartphone, são muito elevados para uma região onde 80 por cento dos habitantes usam serviços pré-pago para controlar seus gastos.

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Data: 16/02/2009
Hora: 17h40
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