Os efeitos da crise na economia brasileira se tornam mais evidentes. O Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre de 2008 caiu 3,6% em relação ao terceiro trimestre, informou nesta terça-feira (10/03) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre os setores, o maior recuo foi o da Indústria (-7,4%), seguida pela Agropecuária (-0,5%) e pelos Serviços (-0,4%). Para a Indústria, esse foi o maior recuo desde o quarto trimestre de 1996 (-7,9%).
O IBGE aponta que motivaram o resultado a queda sofrida na formação bruta de capital fixo (-9,8% no período), seguida pela diminuição nas despesas de consumo das famílias (-2,0%), sendo que essa taxa não é negativa desde o segundo trimestre de 2003 (-1,2%). Já os gastos da administração pública variaram 0,5%. As exportações de bens e serviços caíram 2,9% e, as importações, com queda de 8,2%.
Ano positivo
Apesar da queda registrada entre outubro e dezembro, a soma das riquezas produzidas pelo Brasil ao longo de 2008 aumentou 5,1% em comparação ao ano passado e atingiu os R$ 2,9 trilhões. Considerando-se uma população de 189,6 milhões de habitantes, o PIB per capita foi de R$ 15,2 mil no período (+4%). Na comparação ano a ano, o 4T08 cresceu 1,3% sobre o 4T07.
Entre os setores, a maior alta ocorrida em 2008 foi registrada pela Agropecuária (5,8%, para R$ 163,5 bilhões), seguida por Serviços (4,8%) e Indústria (4,3%). Dos subsetores da Indústria, que chegou a R$ 682,5 bilhões, a maior alta foi na Construção Civil (8,0%), seguida por Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (4,5%) e Extrativa Mineral (4,3%). A Indústria da Transformação cresceu 3,2%.
Entre os serviços, responsáveis por R$ 1,5 trilhão do PIB, osdestaques para Intermediação Financeira e Seguros (9,1%), Serviços de Informação (8,9%) e Comércio (6,1%).
No ano passado, os gastos de consumo das famílias aumentou 5,4% (para R$ 1,7 trilhão), quinto ano consecutivo de alta. O governo gastou R$ 584,4 bilhões, 5,6% a mais. E a formação bruta de capital fixo cresceu 13,8%, para R$ 548,8 bilhões – a maior taxa de crescimento anual desde o início da série em 1996.
Site: B2B Magazine
Data: 10/03/2009
Hora:10h56
Seção: Especial
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