Lentidão da área em TI atrapalha na crise, diz estudo global

06/04/2009

Os departamentos de TI são dos menos ágeis nas empresas para dar resposta rápida nas crises. É a opinião dos próprios CIOs, segundo estudo da revista britânica The Economist.

SÃO PAULO – Os departamentos de TI são considerados entre os menos ágeis dentro das empresas para dar resposta rápida em cenários de crises. É a opinião dos próprios CIOs.

A conclusão é de um estudo da Unidade de Inteligência da revista britânica The Economist (EIU), encomendado pela fabricante de tecnologia de armazenamento EMC. Chamado “Agilidade Organizacional: Como os negócios podem sobreviver e continuar saudáveis em tempos turbulentos”, o relatório aponta que a agilidade de resposta é crucial para as empresas continuarem crescendo mesmo na crise global.

Foram entrevistados 349 CIOs e diretores de TI de empresas de 19 setores, com faturamento acima de 500 milhões de dólares, entre dezembro e janeiro passados na Alemanha, Austrália, Canadá, Cingapura, França, Grã-Bretanha, Nova Zelândia e Estados Unidos.

Oitenta e oito por cento deles dizem que a agilidade organizacional é crucial para o sucesso dos negócios. Em contrapartida, os executivos apontam que as empresas ainda sofrem com vários fatores que atrasam as ações para reagir às crises. Por exemplo, processos lentos de tomada de decisão, conflitos de prioridades entre departamentos, cultura de aversão a riscos e informações restritas a silos.

Quatro em cada cinco executivos entrevistados afirmaram que desde 2006 adotaram ações para melhorar a agilidade na empresa, mas 34% disseram que não conseguiram entregar os benefícios desejados.

Na opinião de 44% dos entrevistados, as companhias de porte médio são mais ágeis que as grandes e pequenas empresas para tomar as ações necessárias para reagir à crise. A razão: as médias têm menos instâncias hierárquicas, o que agiliza o fluxo de informação e a rapidez da decisão.

O que surpreendeu na avaliação dos entrevistados foi o grau da visão crítica sobre a falta de agilidade dos departamentos de recursos humanos, finanças e TI. “Isso é significativo, dado o fato que todos eles têm papel importante para aumentar a eficiência, a transferência de conhecimento e a inovação”, diz o estudo. As áreas de marketing, vendas e relacionamento como consumidor foram consideradas as mais ágeis.

Entre os conselhos dados pelos executivos retratados no estudo – e que valem para os CIOs – estão o cuidado com o status quo dentro da empresa, manter o rigor no gerenciamento antes das crises acontecerem, e não permitir que haja lapsos de comunicação entre líderes e equipe.
A respeito da tecnologia, a EIU perguntou quais são as tecnologias que servem para “esporar” a inovação dentro das empresas. Perguntados quais seriam as que já são usadas e as que serão implementadas e até o final de 2001, os executivos inclinaram-se fortemente na direção da colaboração e da web 2.0.

Sistemas de colaboração e gestão do conhecimento são adotados por 51% das empresas entrevistadas, mesmo percentual que o de companhias que possuem processos eletrônicos de captação de feedback e sugestões dos funcionários. Esses índices ainda vão aumentar e manter ocupados os departamentos de TI, pois 30% das empresas planejam implantar o knowledge management e 24% vão criar sistemas para receber as colaborações dos empregados.

As redes sociais são usadas por 35% das empresas dos executivos entrevistados, e 19% delas planejam adotá-las para que os funcionários compartilhem contatos pessoais e de negócios. Por outro lado, quase metade (47%) das empresas não querem saber das redes sociais.

Site: IDG Now!
Data: 03/04/2009
Hora: 12h39
Seção:Mercado
Autor:------
Link: http://idgnow.uol.com.br/mercado/2009/04/03/setor-de-tecnologia-no-brasil-movimentou-r-205-9-bi-em-2006-diz-ibge/