Google vira "oráculo de compras" no Brasil

22/05/2009
SÃO PAULO – Quando o brasileiro quer um seguro de automóvel, qual é seu primeiro passo? Pedir informação a pessoas próximas, talvez. Quem sabe uma pesquisa de preços. A única certeza, porém, está no meio de atuação: a internet.No processo de decisão por produtos financeiros, 60% dos consumidores nacionais utilizam sites de busca para obter as informações que necessitam. E não precisa ser vidente para saber que a grande maioria dos brasileiros faz isso via Google: o índice é de 98% dos compradores.Os dados citados acima e outros que se estenderão ao longo destas linhas são da pesquisa “Produtos Financeiros e o Consumidor no Brasil”, da Netpop Research, LLC, realizada em fevereiro deste ano, sob encomenda da maior companhia da internet.A análise sugere que para efetuar uma compra de produto financeiro, o consumidor brasileiro, em média, demora de 2 a 4 meses. Neste processo considerado de médio prazo, progressivamente, as buscas no Google são filtradas pelos resultados anteriores.“O usuário usa palavras-chave que vão se afunilando até a compra se concretizar”, informa Andreas Huettner, diretor comercial do Google Brasil, que ressalta a importância da busca online na decisão do comprador. Se no começo a pesquisa se dá por termos amplos como ‘corretora’, logo se transforma em marcas, comparativos e produtos, cada vez mais específicos.As buscas, diz Huettner, mudam mês a mês, com novas combinações de palavras. Para ele, offline determina online: “A busca é um espelho do comportamento fora da internet”.A imagem das empresas na webA apuração sobre diferenciação de serviços já pode ser considerada rotina para o internauta brasileiro. Segundo a recente pesquisa da Netpop Research, a internet é o segundo principal canal de solicitação e aquisição de novos produtos financeiros, só perdendo para agências.As pesquisas no Google são bem importantes também para a imagem das empresas. Neste quesito, os bancos começam a entender a relevância da interatividade do ´searching´, pois estão encontrando na internet uma maneira rentável. “O nome do banco é muito importante”, afirma Huettner, que ainda diz: “As companhias investem muito no offline, na TV; depois da campanha há a checagem, a cobertura pela internet”.Site: INFOData: 21/05/2009Hora: 14h47Seção: ebussinessAutor: Guilherme PavarinLink: http://info.abril.uol.com.br/noticias/negocios/google-vira-oraculo-de-compras-no-brasil-21052009-26.shl