Operadoras estão de olho em banda larga na América Latina
05/06/2009
CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - As operadoras de telefonia celular América Móvil e Telefónica apostam que iPhones e netbooks vão liderar o crescimento do mercado, mas terão que cortar os preços se quiserem alcançar a maioria dos consumidores.Investidores apostam que a receita dos serviços de Internet devem ajudar a impulsionar o crescimento das empresas, uma vez que as margens de lucro em seus negócios tradicionais de telefonia estão sob pressão em um mercado cada vez mais saturado.Mas, enquanto latino-americanos em bairros nobres como Jardins, em São Paulo, e Polanco, na Cidade do México, navegam pela Internet em BlackBerries ou iPhones, a maioria das pessoas na região continua usando aparelhos mais baratos com planos pré-pagos."O crescimento vai depender de alguém aparecer com um clone de iPhone bem barato", disse Michael Minges, analista da consultoria Telecommunications Management Group. "Se o aparelho de entrada é muito caro, simplesmente não se consegue conquistar essa demanda."A maioria dos latino-americanos usa planos de telefonia celular pré-pagos e a líder da região América Móvil, controlada pelo bilionário Carlos Slim, e sua principal concorrente Telefónica, lançaram planos pré-pagos para conexões de Internet, cobrando cerca de 32 dólares por mês de acesso banda-larga no celular ou no laptop, no México.Já no Brasil, a operadora Vivo foca na ampliação de negócios de dados, depois de ter atualizado infraestrutura para a tecnologia de terceira geração, ou 3G.A receita da América Móvil com serviços de dados cresceu 47 por cento no primeiro trimestre, principalmente graças aos serviços 3G. A Telefónica, por sua vez, que opera tanto redes de telefonia fixa quanto móveis em toda a região, relatou um aumento de 18,6 por cento no número de assinantes de banda-larga no trimestre.Mas, em uma região onde uma em cada quatro pessoas vive com menos de 2,50 dólares por dia, smartphones e computadores comprados a prestação continuam fora do alcance de muitos.O analista Andres Coello, do BBVA, estima que 24 milhões de latino-americanos são assinantes de banda larga e o crescimento este ano deve ser de 20 por cento. Em 2010, a expansão deve perder parte da força.Para impulsionar o crescimento, a América Móvil está vendendo netbooks equipados com modems no México que podem ser comprados a prestações mensais de cerca de 50 dólares.Site: UOL TecnologiaData: 04/06/2009Hora: 09h23Seção: Últimas NotíciasAutor: Noel RandewichLink: http://tecnologia.uol.com.br/ultnot/reuters/2009/06/04/ult3949u5974.jhtm