Empresários defendem "Plano Nacional para Inovação"

08/06/2009
O presidente da ABINEE, Humberto Barbato, abriu nesta quinta-feira (4), o 2º Encontro Nacional da Inovação Tecnológica da Indústria Elétrica e Eletrônica (Enitee), que prossegue até amanhã (5), durante o ABINEE TEC 2009, no Anhembi. Promovido pela ABINEE e pelo IPD-Eletron, em parceria com a PROTEC e com a Rede de Entidades Tecnológicas Setoriais (Rets), o evento, apoiado pelo Sebrae, tem como temas as políticas públicas de fomento à inovação tecnológica na indústria elétrica e eletrônica, inovação e tecnologia para pequenas e médias empresas, o apoio técnico e tecnológico para o desenvolvimento de inovações no setor e a importância da inovação para a competitividade e sustentabilidade das empresas.Na abertura, o presidente da ABINEE destacou que a entidade tem dado importância ao tema. “No estudo A Indústria Elétrica e Eletrônica em 2020, que apresentamos na última segunda-feira, na abertura deste ABINEE TEC, mostramos a nossa preocupação em relação à inovação tecnológica”, disse. Segundo Barbato, entre as propostas apresentadas está a criação de uma Agenda Estratégica de Inovação para até 2020, que contempla as tendências futuras do desenvolvimento tecnológico, para que sejam definidas as prioridades de investimento em inovação no nosso setor.Ele ressaltou que a implementação desta agenda deve partir de uma interlocução do setor privado com o governo. “Sabemos que hoje já existem mecanismos que amparam estas iniciativas, porém elas são pouco aproveitadas pelas empresas e, por isso, precisam ser melhor divulgadas e coordenadas”, observou. Barbato comentou, também, a necessidade de que os empresários utilizem os recursos existentes. “Estes recursos não devem se limitar à pesquisa pura, mas devem chegar à pesquisa aplicada, fundamental para o desenvolvimento do país”, acrescentou.Antenor Correa, representante do MCT, afirmou que o governo tem priorizado a pesquisa e desenvolvimento no setor de TICs e citou como exemplo a lei de informática. Ele também salientou o programa de subvenção econômica da FINEP como um dos principais mecanismos de apoio à inovação. Clayton Campanhola, diretor da ABDI, afirmou que a inovação é essencial para a competitividade e é um dos principais pontos da PDP. “As empresas que inovam pagam salários maiores, têm maior produtividade e exportam”, disse. Campanhola adiantou um estudo que está sendo realizado pela ABDI e que trata a inovação em várias cadeias produtivas, inclusive a de TICs, e faz várias observações sobre o estágio de inovação no setor.Segundo o diretor da área de inovação do Sebrae, Edson Fermann, a agência incorporou ã inovação em sua estratégia de ação. “Entendemos que só teremos uma micro e pequena empresa inovadora se ela for inovadora”, salientou. Roberto Paranhos e Carlos Américo Pacheco, da CNI, anunciaram o 3º Congresso da Inovação, que será realizado em agosto deste ano. O objetivo é estimular um maior protagonismo empresarial no tema. “A inovação deve ser um tema essencialmente da indústria, de quem produz”, disse Pacheco. Paranhos acrescentou que a inovação não se limita às grandes empresas. “Nenhuma empresa sobrevive sem inovação. O que precisamos é um plano nacional”, completou.Site: Convergência DigitalData: 04/06/2009Hora: ------Seção: InovaçãoAutor: ------Link: http://www.convergenciadigital.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=19105&sid=3