7° Programa - Qualidade da Tecnologia da Informação

08/05/2007

<<07 pro.jpg | | left>>Na sétima edição do TITV, o tema abordado foi “Qualidade da Tecnologia da Informação”, para discutir esse assunto,contamos com a presença do Presidente do Seprorj, Sr. Benito Paret; o Consultor de Qualidade Sr. João Carlos Thomé; o Professor do Departamento de Administração da PUC/RJ, Dr. Luiz Carlos de Sá Carvalho e o Presidente do Instituto de Engenharia de Software e Vice Presidente da SOFTEX, Sr. Márcio Girão.

O sétimo programa foi coordenado pelo Sr. Benito Paret, que iniciou o debate dando uma breve explicação do que é qualidade, seus custos e a satisfação do usuário.

Sr. Marcio Girão relatou que na década de 80 o Departamento de defesa norte-americano apoiou o desenvolvimento de um modelo de qualidade de processos de software, visando estabelecer critérios objetivos para seleção de fornecedores. Assim nasceu o Capability Maturity Model (CMM), desenvolvido pelo SEI – Software Engeneering Institute, que foi largamente utilizado nos Estados Unidos e em vários outros países que para lá exportam software. Esse modelo consiste numa descrição de objetos a serem alcançados pelos processos por meio darealização de certas práticas (“boas práticas”) reconhecidas pelos especialistas e pesquisadores. Avaliando o rigor com que uma empresa cumpre tais práticas e alcança os objetivos atribui-se um grau de “maturidade” que deve indicar o grau de qualidade esperado nos serviços prestados por tal empresa. Hoje, o CMM foi substituído pelo Capability Maturity Model Integration - CMMI (por integrar alguns outros modelos posteriores), uma versão maior e mais flexível, mas que preserva a mesma linha de pensamento do anterior. A diferença mais importante neste novo modelo é o fato de se poder optar por em vez de contemplar a “maturidade” da organização (o que impõe um elenco pré-definido de processos a serem avaliados), enfocar a “capacidade” de um conjunto determinado de processos escolhidos segundo o objetivo de negócios.

Em função do alto custo do CMMI nasceu o MPS.BR (Melhoria do Processo de Software Brasileiro): um modelo de processos e de avaliação desenvolvidopela SOFTEX com o objetivo de oferecer às pequenas e médias empresas uma credencial equivalente à do CMMI por um custo acessível. Em 2005 foram publicados os documentos Guia Geral e Guia de Aquisição, esperando-se para breve a Guia de Avaliação.

Devido a sua longa experiência no ramo, Dr. Luiz Carlos falou sobre o ponto de vista do usuário, que em sua opinião, tem a ver com expectativas e é gerada pelos itens: ambiente geral, marketing e subjetiva (por desejos). Informou que na maioria dos casos, o problema da qualidade está relacionada muitas vezes com a frustração de expectativas não atendidas.

Por fim Sr. Thomé falou sobre a norma ISO 9000, que regula a gestão de sistemas de qualidade. A ISO (International Organization for Standardization), através do Comitê Técnico de Normas Relativas à Qualidade, teve uma grande aceitação mundial. Hoje empresas em diversos países a adotam para suas gestões de qualidade, o que se traduzirá, seguramente, numa melhoria contínua percebida pelos seus clientes.Segundo Sr. Thomé, 451 empresas estão certificadas no Rio de Janeiro com a ISO 9001. Na área de Tecnologia de Informação 279 empresas obtiveram certificação no Brasil. Informou ainda que 145 empresas estão concorrendo para obter o prêmio Qualidade Rio, que visa a indução da melhoria do desempenho organizacional das instituições públicas e privadas sediadas no Estado do Rio de Janeiro, representando o reconhecimento às organizações fluminenses que demonstraram esforços efetivos direcionados à excelência do seu modelo de gestão.