Crise servirá de lição, diz presidente da Microsoft
03/07/2009
São Paulo - Para Michel Levy, as organizações devem estar preparadas para assumir estratégias mais sólidas e lidar com instabilidades.Após anunciar, pela primeira vez em sua história, a demissão de 5 mil funcionários, a Microsoft agora vive o momento de arrumar a casa. No Brasil, a estratégia tem sido se preparar para atuar em um mercado mais enxuto."O cenário continuará bastante competitivo. Mas precisamos encarar uma economia que encolheu", afirma Michel Levy, presidente da Microsoft Brasil. Para o executivo, os desafios estão só começando, já que a crise se mostrou algo mais do que uma onda de turbulência pontual. "A crise ainda causa danos e veio para mudar paradigmas", acredita.Na opinião do executivo, a crise vai deixar uma grande lição para as empresas, que precisarão definitivamente aprender a lidar com altos e baixos e ambientes diversos o tempo todo daqui para a frente. E este fator Levy considera fundamental para organizações que querem ser bem sucedidas. "Aquelas que deram e continuam dando certo enxergaram, faz tempo, que é fundamental ter uma estratégia sólida de longo prazo, sem gastar a torto e direito quando o mercado está favorável", afirma.Levy destaca que a ordem pós-crise será de investimentos cautelosos, focados em negócios viáveis. E defende a tese de que a instabilidade financeira marcará de vez a transição da sociedade industrial para a sociedade do conhecimento."Os valores profissionais mudaram", atenta o presidente da subsidiária brasileira da Microsoft. "Hoje, a motivação está no poder de realização e inovação, não apenas no salário; enquanto há cinco gerações o que se buscava era um emprego estável e uma aposentadoria feliz", completa.Sobre perspectivas de retomada do crescimento, Michel Levy acredita em uma recuperação lenta e gradual, muito embora afirme que os mercados emergentes estejam na linha frente. Ele destaca a forte presença do Brasil, que figura em uma posição diferenciada dentro desse quadro de instabilidade. "Fomos acostumados a lidar com esse tipo de cenário, o que nos dará fôlego para sair mais rapidamente", aposta. Quando e com qual velocidade é uma pergunta que Michel não arrisca responder. "De fato, ninguém sabe". Site: ComputerworldData: 02/07/2009Hora: 07h00Seção: NegóciosAutor:Andrea GiardinoLink: http://computerworld.uol.com.br/negocios/2009/07/01/crise-servira-de-licao-diz-presidente-da-microsoft/