Estudo traça perfil do profissional brasileiro de TI

10/07/2009
O universo de profissionais de TI não está recebendo um número significativo de novos profissionais. Pelo menos esta é uma das conclusões de uma nova pesquisa encomendada pela Impacta Tecnologia à MBI Mayer&Bunge Informática, empresa focada na geração de informações sobre e para o mercado de Tecnologia da Informação e Comunicações (TIC). A pesquisa sobre o perfil do profissional de TI foi aplicada em 100 empresas de diferentes segmentos instaladas no país. Foram avaliadas questões como tempo de atuação profissional no mercado, escolaridade, tipo de regime de trabalho, domínio de idiomas e outros pontos. Com relação ao tempo de atuação profissional em TI em outras áreas, 75,8% dos entrevistados atuam na área há mais de 10 anos e 12,8% possuem de 8 a 10 anos no setor. Menos de 1% entraram no segmento há um ano. Questionados sobre quanto tempo trabalharam em outras áreas que não a TI, o resultado indica que cerca de um terço dos profissionais (31%) nunca trabalharam em outra área, enquanto outros 42% atuaram em outro setor por no máximo 5 anos antes de migrarem para a TI. Referente ao tempo de ocupação do cargo atual, o estudo mostra que 23,4% dos profissionais com mais de 10 anos de mercado receberam promoções nos últimos 10 anos. O tempo médio de espera por uma promoção foi de no mínimo 5 anos para 52,4% dos entrevistados. Em relação ao grau de educação formal dos entrevistados, foi feito um comparativo com outra pesquisa realizada no ano de 2001, na qual o nível de pós-graduação não foi citado. No levantamento atual, 37% dos profissionais dizem possuir curso de pós-graduação completo e 9% incompleto. Com referência aos cursos superiores, em 2001, 45% dos participantes disseram possuir o curso completo e 29%, incompleto. Nos dados de 2009, 31% contam com curso superior completo e apenas 9% ainda não concluíram a graduação. O resultado da pesquisa revela ainda que o mercado está mais exigente na hora de contratar. Em 2001, 22% dos profissionais que já atuavam na área possuíam apenas o ensino médio. Hoje esse percentual é de apenas 6%. "O mercado exige cada vez mais, além da educação formal, o domínio completo da tecnologia e certificações reconhecidas. Isso tem resultado em uma corrida e disputa das empresas por profissionais de TI qualificados", diz Rodolfo Ohl, diretor do portal Monster. A escola privada é responsável por 64,4% da formação dos profissionais de TI, e a rede pública, por 34,9%. Em 2001 esse percentual era de 62,8% e 36,1%, respectivamente. Sobre o número de empresas em que os profissionais atuaram ao longo de suas carreiras, o estudo mostra que 65,8% dos participantes passaram por 2 a 5 no máximo, enquanto 21,5% deles estiveram empregados em uma única companhia. Já em relação ao regime de trabalho ao qual estão submetidos, cerca de 70% dos entrevistados são contratados pela CLT, enquanto o outro terço se divide entre profissionais autônomos, micro-empresa e terceirizados. Referente ao domínio de línguas estrangeiras, o inglês é líder com 94,6%, seguido do espanhol, por 40,9%. O italiano figura em terceiro lugar, com 5,4% seguido pelo francês, com 4,7%, e pelo alemão, com 2%. Sobre o tempo de uso da Internet no trabalho, metade dos profissionais utilizam a web mais de quatro horas por dia. Em 2001 esse tempo era de três horas. 27% dos entrevistados admitiram acessar a internet por mais uma hora quando estão em casa, e metade dos profissionais reservam mais de uma hora, fora do expediente, para navegar na web. "O setor de tecnologia evoluiu muito nos últimos anos no Brasil e o mercado se tornou mais exigente nas contratações. Contudo, o número de novos especialistas ingressando no mercado de TI não tem sido suficiente para suprir o déficit de mão-de-obra no setor que chega a 100 mil profissionais, conforme levantamento de 2008 do Ministério do Trabalho", conclui Celio Antunes, presidente do grupo Impacta. Em relação ao uso do tempo livre, a pesquisa mostra que as atividades preferidas dos profissionais de TI são sair com a família (56%), viajar (53%) e praticar esportes (37,6%). A soma das respostas nesta questão ultrapassa os 100% por ter sido permitido escolher mais de uma opção. O mais surpreendente nessa questão é que quase um terço dos profissionais (31,5%) utilizam a Internet como atividade de lazer nos tempos livres, preferindo essa atividade a sair com os amigos (26,2%), por exemplo. Site: Canal ExecutivoData: 07/07/2009Hora: ------Seção: PesquisasAutor: ------ Link: http://www2.uol.com.br/canalexecutivo/notas091/0707200921.htm