Empresários esperam resultados melhores em 2010
24/09/2009
A Pesquisa Serasa Experian de Expectativa Empresarial mostra que 65% dos empresários vão rever suas estimativas de faturamento, no último trimestre de 2009. Desses, 77% vão fazê-lo para cima e 23% para baixo. A pesquisa foi feita por meio de um levantamento estatístico com uma amostra de mais de mil empresas representativas dos setores da Indústria, Comércio, Serviços e Instituições Financeiras, dos portes pequeno, médio e grande e das Regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.O setor de Serviços, as empresas de pequeno porte e os empresários do Nordeste são os mais otimistas nas avaliações dos faturamentos para o 4º trimestre. Considerando o resultado do trimestre anterior, apenas 13% dos empresários nacionais disseram que o faturamento foi acima do esperado, 47% apontaram dentro do esperado e 40% abaixo.Para 2010, 73% dos empresários de todo o Brasil esperam um faturamento melhor que o de 2009. 21% acham que será igual e 6% apontam como menor. Os setores também seguem a tendência positiva, praticamente em mesmo patamar de expectativa, Indústria (74%), Comércio (72%) e Serviços (72%). Por porte, a média empresa (77%) é a mais confiante para a evolução do faturamento no próximo ano. As pequenas (72%) e grandes empresas (71%) também dividem essa expectativa.Novamente, o Nordeste desponta como a região mais otimista, desta vez em relação ao faturamento em 2010, com 79% de seus empresários. O Norte aparece com 77%, o Sul 75%, o Sudeste 72% e o Centro-Oeste 63%.A maioria dos entrevistados acredita que o quadro dos funcionários não sofrerá alterações no 4º trimestre. Para 68% dos empresários de instituições financeiras, a oferta de crédito deve crescer nesse período.Há também expectativas positivas para os investimentos, devido à migração de outras três opções: os que manterão os investimentos conforme planejado, são 54%, os que promoverão queda 4% e os que vão adiá-los são 15%. No 3º trimestre eram: 55% na manutenção, 6% nos cortes e 17% na postergação. Para a indústria, o comércio e os serviços, as condições de crédito (limites, prazos de financiamento e encargos) vão ficar inalteradas no último trimestre, para 54% dos entrevistados. 38% acham que vão melhorar e 8% que vão piorar (eram 12% no 3º trimestre).Para 68% dos empresários de instituições financeiras, a oferta de crédito para empresas crescerá no 4º trimestre. Eram 60% no período anterior. Para outros 29% se manterá nos últimos três meses. No caso do consumidor, 74% apontam a elevação do crédito, mesmo patamar verificado no 3º trimestre.A Pesquisa Serasa Experian de Expectativa Empresarial foi realizada no período de 31 de agosto a 3 de setembro e ouviu 1011 empresas de todos os setores e portes, em todo o Brasil.AnáliseA recuperação econômica está mudando a expectativa empresarial. Gradualmente, os empresários ampliam sua confiança, baseada na reação do mercado doméstico. A redução dos juros, a queda da inadimplência e a volta do crédito são os principais fundamentos para o crescimento da atividade econômica.Em consonância com o cenário econômico, os empresários estão revendo para cima, sua expectativa sobre o faturamento. Esta tendência permanece para 2010.Os investimentos têm uma recuperação em ritmo mais lento, por conta das incertezas ainda presentes em relação aos desdobramentos da crise global. A interrupção nos planos de investimentos, a partir do 4º trimestre de 2008, com a chegada desse fenômeno, deixaram as empresas mais endividadas e inadimplentes.Sobre o quadro de funcionários, a maior expectativa ainda é aproveitar a estrutura presente. Cresce a parcela que pretende contratar pessoal, com o objetivo de adequar-se aos requisitos da evolução da atividade econômica.No crédito, as empresas começam a sentir as melhores condições, sobretudo por conta dos juros mais baixos. A aguardada maior oferta de recursos deve reverter a opinião daqueles que ainda não percebem as melhores condições de crédito.De forma geral, o Nordeste é a região mais otimista com a conjuntura atual. A opção pelo turismo interno e a volta da produção em muitas empresas, que migraram para o local, formam a razão para isso. Site: B2B MagazineData: 23/09/2009Hora: 15h21Seção:Canais/NegóciosAutor: ------ Link:http://www.b2bmagazine.com.br/web/interna.asp?id_canais=4&id_subcanais=10&id_noticia=24404&nome=&descricao=&foto=&colunista=1&pg=